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#Nova equação promete ser melhor que #IMC na estimativa da #gordura corporal

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Nova equação promete ser melhor que IMC na estimativa da gordura corporal

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Um novo método de cálculo promete ser mais preciso na classificação da massa corporal de homens e mulheres do que o IMC, amplamente aceito atualmente. Chamada de Massa de Gordura Relativa (MGR), no original Relative Fat Mass, a equação leva em consideração a altura em relação à circunferência abdominal do indivíduo e, segundo pesquisadores, consegue identificar com maior fidelidade se a pessoa tem obesidade ou não, por exemplo.

Elaboração do cálculo

Para avaliar a acurácia da MGR, pesquisadores utilizaram dados da pesquisa National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), aplicada entre 1999 e 2004. O cálculo foi criado por meio da análise de toda gordura corporal dos voluntários registrada no exame de densitometria de dupla energia por emissão de raio X (DXA). Foram examinados o total de 365 índices antropométricos correlacionados com o percentual de gordura para a elaboração de uma equação antropométrica com maior exatidão do que o IMC. Os pesquisadores chegaram à seguinte fórmula: 64 − (20 × altura/circunferência abdominal) + (12 × sexo); onde sexo é igual a 0 para homens e 1 para mulheres.

 

Resultados

O índice MGR foi validado com base no banco de dados da pesquisa NHANES, analisado entre 2005 e 2007. Nas mulheres, a MGR mostrou mais acurácia (91,5% vs. 21,6%; P < 0,001) e precisão (4,9%; 95% IC vs 5,8%; 95% IC) do que o IMC para estimar a massa corporal. Nos homens, o resultado da MGR também superou o do IMC em acurácia (88,9% vs 81,9%; P < 0,001) e teve maior precisão (4,2% vs 5,1%; IC 95%).

A pesquisa revelou também que o número de falso-positivos nos homens foi menor com a MGR, 32,3%; do que os 49,7% mostrados na medição com o IMC (P < 0,001). Nas mulheres, o índice de falso-positivos foi maior do que o dos homens medindo com a MGR, e com o IMC a taxa ficou em zero (P < 0,001).

O uso da nova equação apresentou menos erros de classificação de homens e mulheres em categorias de obesidade do que o cálculo usado atualmente; o desempenho da MGR foi observado também em todos os subgrupos étnicos analisados.

 

Referências:

  • WOOCOTT, Orison O. and BERGMAN, Richard N. Relative fat mass (RFM) as a new estimator of whole-body fat percentage ─ A cross-sectional study in American adult individuals. Scientific Reports volume 8, Article number: 10980 (2018). doi.org/10.1038/s41598-018-29362-1

#”Pneus” na cintura aumentam mais o #risco de câncer do que aumento do #IMC e do #percentual de gordura corporal

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Alexander M. Castellino, PhD

Madri, Espanha – Mais do que o excesso de peso por si só, a obesidade central – definida como o aumento da proporção entre a gordura no tronco e a gordura periférica – faz com que as mulheres depois da menopausa tenham maior risco de receber um diagnóstico de câncer, apontou um estudo apresentado no congresso de 2017 da European Society for Medical Oncology (ESMO).

“Essas descobertas impulsionam as prioridades de controle de peso para as mulheres nesta faixa etária, cuja tendência é ganhar peso abdominal”, disse a pesquisadora do estudo Line Maersk Staunstrup, MSc, doutoranda na Nordic Bioscience and ProScion, em Herlev (Dinamarca).

“Ao estimar o risco de câncer, o índice de massa corporal (IMC) e o percentual de gordura podem não ser medidas adequadas porque não avaliam a distribuição da gordura corporal”, explicou a pesquisadora. “A gordura não é apenas gordura, mas o local no corpo onde é armazenada é importante”, acrescentou a autora.

“Nosso estudo mostra que evitar a obesidade central pode conferir maior proteção”, disse Line.

O estudo e os resultados dinamarqueses

Prospective Epidemiologic Risk Factor foi um estudo de coorte observacional e prospectivo destinado a aprofundar o conhecimento acerca das doenças relacionadas com a idade nas mulheres depois da menopausa na Dinamarca.

De 1999 a 2001, foram recrutadas 5.855 mulheres (média de idade de 71 anos). Os pesquisadores obtiveram informações clínicas e demográficas. A densitometria óssea foi realizada no momento do recrutamento. A densitometria óssea é a maneira mais precisa de verificar a massa óssea, a massa magra e a massa de gordura, observam os autores.

Os dados foram subgrupados em três categorias diferentes: câncer de mama e/ou ovário, câncer pulmonar e/ou gastrointestinal, e outros tipos de câncer. Os modelos de regressão de risco proporcional de Cox foram utilizados para examinar a associação entre a distribuição da gordura corporal e o risco de incidência de câncer, ajustados por fatores de risco convencional, como o índice de massa corporal.

Os diagnósticos de câncer e as informações sobre as causas de morte foram obtidos de diferentes registros dinamarqueses até 2012. O acompanhamento durou em média 12 anos.

Usando informações obtidas dos registros nacionais de câncer, os pesquisadores do estudo descreveram 811 tumores nas mulheres, e mostraram que a obesidade central foi um indicador independente significativo para o diagnóstico de câncer até 12 anos após o início do estudo (hazard ratioHR = 1,30; intervalo de confiança, IC, de 95%, de 1,11 a 1,52; < 0,001). Surpreendentemente, observou Line, nem o IMC nem o percentual de gordura representaram um risco significativo para o diagnóstico de câncer.

Especificamente, houve 293 casos de câncer de mama e ovário, 345 casos de câncer de pulmão e de sistema digestivo, e outros 173 tipos de câncer. Entre esses grupos de câncer, a obesidade central só foi fator de risco de diagnóstico de câncer para o câncer de pulmão e o câncer de sistema digestivo (HR = 1,42; < 0,01).

Line também ficou surpresa com o fato de que a obesidade central não foi um fator de risco independente para o diagnóstico de câncer de mama e de ovário.

Os pesquisadores determinaram que apenas os tumores de pulmão e do sistema digestivo estavam associados à obesidade central (para câncer de pulmão: HR = 1,68; IC de 95%, de 1,12 a 2,53; P < 0,05; para câncer do sistema digestivo: HR = 1,34; IC de 95%, de 1,0 a 1,8; P < 0,05).

Outros fatores de risco de câncer adicionais foram idade avançada, uso de terapia de reposição hormonal e tabagismo. Entretanto, após o ajuste para esses fatores de risco, a proporção da gordura permaneceu sendo um fator de risco independente, informaram os autores do estudo.

“As mulheres mais velhas podem muito bem usar essa informação, já que se sabe que a transição da menopausa inicia uma modificação que leva à deposição da gordura corporal na região central do tronco. Portanto, as mulheres devem prestar atenção especial ao próprio estilo de vida quando se aproximam da menopausa”, disse Line.

“Além disso, os médicos podem usar essas informações para ter uma conversa sobre prevenção com as mulheres que têm maior risco de câncer. Embora os médicos tenham acesso a aparelhos de densitometria de corpo inteiro na maioria dos hospitais, foram disponibilizados no mercado aparelhos portáteis, o que pode permitir o exame ósseo e da gordura regional. No entanto, este pode não ser o método mais confiável para medir a obesidade central”, concluiu a pesquisadora.

Comentando o estudo, o Dr. Andrea De Censi, médico do Ospedali Galliera, em Genova (Itália), disse que o estudo fornece uma confirmação importante do papel da obesidade, e particularmente da resistência à insulina, na etiologia de vários tipos de câncer.

“Embora a obesidade tenha sido previamente relacionada com o risco de câncer, a ligação dela com o câncer de pulmão é nova e intrigante”, disse o médico em um comunicado à imprensa.

“O aumento dos níveis de insulina, resultantes do consumo excessivo de carboidratos simples como batatas, trigo, arroz e milho, resultam no acúmulo de gordura, especificamente visceral e abdominal”, explicou o Dr. De Censi. A insulina também exerce efeitos prejudiciais na produção hormonal, e as células adiposas aumentam a inflamação crônica em todo o corpo, outro fator de risco para vários tipos de câncer.

“Estes dados abrem a porta para que os médicos iniciem uma série de intervenções para os pacientes obesos. Além da perda de gordura com dieta e exercícios, pode haver algum papel para os medicamento contra o diabetes, como a metformina, que pode diminuir os efeitos da insulina e contribuir para a prevenção do câncer”, disse o Dr. De Censi.

Os autores informaram não ter nenhum conflito de interesse relativo ao tema.

Congresso de 2017 da European Society for Medical Oncology (ESMO). Apresentado em 10 de setembro de 2017. Resumo 1408P.

IMC versus circunferência abdominal: qual usar no diagnóstico da obesidade

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Fabio de Oliveira

A predisposição genética para um maior relação cintura/quadril está associada a uma probabilidade aumentada de diabetes tipo 2 e problemas no coração. Essa é a conclusão de um estudo publicado recentemente no periódico Journal of the American Medical Association (JAMA). O trabalho analisou a relação causal entre a adiposidade no abdome e a doença arterial coronariana, uma associação que já vem sendo verificada em estudos observacionais. É mais um ponto em favor da fita métrica para medir a circunferência abdominal nos casos de obesidade em detrimento do velho índice de massa corporal (IMC).  Por falar nisso, para que lado têm pendido os endocrinologistas brasileiros? Antes de responder a essa questão, vamos aos detalhes do trabalho do JAMA.

Assinado por pesquisadores de instituições como a Havard Medical School, nos Estados Unidos, o estudo levou em conta o risco poligênico da relação cintura/quadril ajustado para o IMC, uma medida que indica o acúmulo de tecido adiposo no centro do corpo. Trata-se de um fator de risco para diabetes tipo 2, hipertensão, alterações na glicemia e nos lipídios sanguíneos.

Uma pontuação para esse risco poligênico foi construída com 48 polimorfismos – variações genéticas – de um único nucleotídeo. A associação dessa pontuação com características cardiometabólicas, diabetes tipo 2 e doença arterial coronariana foi testada por meio de uma análise de randomização mendeliana, que combinou conjuntos de dados de caso-controle e de corte transversal. A randomização mendeliana se vale das tais variações genéticas para avaliar o que provoca um problema de saúde. Essa abordagem afasta a possibilidade de ocorrência de confusão ou de causalidade reversa não rara em estudos observacionais por conta de fatores do estilo de vida que muitas vezes não são mensurados. Um exemplo disso são os indivíduos com doença coronariana subclínica que ganham gordura na barriga, por exemplo, devido à incapacidade de se exercitar.

As estimativas cardiometabólicas se basearam no resumo de resultados de quatro estudos de associação do genoma completo conduzidos de 2007 a 2017 e que tiveram 322.154 participantes. Também foram analisados dados de corte transversal do UK Biobank, no Reino Unido, coletados de 2007 a 2011, com mais de 111.986 indivíduos – a média de idade aqui era de 57 anos (Desvio padrão, 8),  sendo 52,5% dos participantes mulheres, e a média da razão cintura-quadril de 0,875. Para o diabetes tipo 2 e doença arterial coronariana, a fonte foram dois trabalhos separados com genoma completo levados a cabo de 2007 a 2015 com 149.821 participantes e 184.305 pessoas, respectivamente, combinados com dados individuais do UK Biobank.

Os resultados demonstraram que o aumento de 1-DP (desvio padrão) na relação cintura/quadril ajustada para o IMC e mediada pelo escore de risco poligênico foi associada com: níveis de triglicérides maiores do que 27 mg /dL;  4,1 mg / dL e taxas mais elevadas de glicose em duas horas; além de pressão sistólica mais alta em 2.1 – mm Hg (cada P < .001).

Um aumento genético de 1 DP foi relacionado com: maior risco de diabetes tipo 2 (odds ratio, OR, de 1,77, IC de 95%, 1,57-2,00); elevação do risco absoluto por 1000 participantes-ano, 6,0 (IC de 95%, 4,4-7,8). O número de participantes com diagnóstico de diabetes tipo 2 de doença arterial coronariana foi de 40.530 (OR de 1,46, IC de 95%, 1,32-1,62). O aumento de risco absoluto por 1000 participantes-ano chegou a 1,8 (IC de 95%, 1,3-2,4).

Por fim, o total de participantes com doença arterial coronariana bateu em 66.440. De acordo com os autores, o estudo é uma evidência que dá suporte a associação causal entre a adiposidade abdominal e as consequências dela para a saúde.

Diante deste achado, que demonstra o peso da gordura central em algumas doenças, é impossível evitar a pergunta: qual método os especialistas brasileiros mais usam para avaliar se um paciente é obeso? O tradicional IMC ou a medição da circunferência abdominal?

“Atualmente a maioria dos especialistas, e aqui me refiro aos endocrinologistas, tende a utilizar tanto o IMC quanto a circunferência abdominal”, disse ao Medscape o Dr. Marcio Mancini, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O ideal é que as duas medidas estejam normais, tanto o IMC (<25 kg/m2) quanto a circunferência (<80 cm na mulher e <90 cm no homem).”

“Acho mais importante a medição da cintura quando o indivíduo tem peso normal ou sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9 kg/m2)”, continuou o Dr. Mancini. Nesse caso,  segundo ele, o problema pode até ser maior, pois “frequentemente é a incapacidade de deposição periférica de gordura, por predisposição genética (como comprova o artigo do JAMA), que gera um aumento de gordura visceral e esteatose hepática quando há um mínimo ganho de peso, às vezes muito pouco, algo como 5 kg”. Nesse pacote, vêm a deterioração metabólica e o desenvolvimento de diabetes tipo 2. O Dr. Mancini lembrou ainda que, quando o IMC é superior a 30 kg/m2, invariavelmente observa-se um crescimento do diâmetro da circunferência abdominal.

De acordo com o Dr. Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior paulista, o estudo do JAMA mostra que pessoas com excesso de gordura na barriga têm um maior risco de diabetes tipo 2, por exemplo.

“Para isso, os autores tiraram o IMC e usaram a variação genética. Apesar de se mais conhecido e de ter sido utilizado em milhares de estudos, o IMC é uma ferramenta ruim, disse O Dr. Couri ao Medscape.

Um dos motivos é que o método não diferencia a massa magra da gorda. Seguindo a lógica do IMC, um halterofilista poderia ser classificado como obeso. Sem falar que o local onde se acumula a adiposidade conta muito.

“Há indícios de que a circunferência do quadril apresente menos perigo do que a da barriga”, disse Couri, lembrando que cada paciente é único.

“Se tivesse de escolher entre uma balança e uma fita métrica no consultório, ficaria com a segunda opção. Até porque a medida da cintura dá um parâmetro mais realista da obesidade para o paciente”, continuou ele. Mas o IMC ainda não pode ser descartado: é utilizado, por exemplo, para a indicação de cirurgia bariátrica.

A Dra. Maria Fernanda Barca, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, contou ao Medscape que também utiliza os dois métodos.

“Mas, o que tem se preconizado nos congressos de obesidade é a densitometria de corpo inteiro”, disse.  Esse exame de raio-X revela o que é massa óssea, gorda e magra, além da água que compõe o organismo. Ele também fornece esse “retrato” por meio de partes específicas do corpo, como braços, pernas e, claro, o abdome. Segundo a Dra. Maria Fernanda, o IMC está sendo deixado de lado na Europa embora os clínicos no Brasil ainda recorram muito à fórmula.

“O grande desafio é disseminar para o não especialista e para o clínico da atenção básica que é importante reconhecer pacientes com sobrepeso associado a fatores de risco, incluindo o tamanho aumentado da cintura, e aqueles com obesidade, aconselhando-os sobre mudanças de estilo de vida que causam benefício clínico”,  preconizou Mancini.

“O encaminhamento para um tratamento especializado deve ser o mais precoce possível, sobretudo na infância e na adolescência, para que se tenha um bom resultado e para evitar a redução da expectativa de vida na idade adulta.

La circunferencia de la cintura es un predictor más fuerte de enfermedad cardiaca que el IMC

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El cuerpo de manzana puede indicar patologías cardiacas.

El cuerpo de manzana puede indicar patologías cardiacas.

Investigadores han encontrado que la obesidad abdominal, o tener un cuerpo en forma de manzana, es un fuerte predictor de enfermedad grave del corazón en pacientes con diabetes tipo 1 o tipo 2, y no han mostrado ningún síntoma de enfermedad cardiaca.

Un nuevo estudio del Intermountain Heart Institute Center en Salt Lake City y el Johns Hopkins Hospital de Baltimore, en Estados Unidos, añade más evidencia a la idea de que es mejor tener forma corporal de pera –con más peso alrededor de las caderas– en lugar de manzana -con un mayor peso alrededor del abdomen.

Los cuerpos en forma de manzana ya están asociados con el síndrome metabólico (que incluye presión arterial alta, niveles elevados de azúcar y colesterol alto), así como enfermedad arterial coronaria y fallo cardiaco, pero este nuevo estudio encontró que la circunferencia de la cintura es también un fuerte predictor de disfunción ventricular izquierdo en pacientes. El síndrome metabólico va a menudo acompañado por un exceso de grasa corporal alrededor del abdomen.

El equipo de colaboración de investigadores estudió a 200 hombres y mujeres diabéticos que todavía no se habían mostrado ninguna enfermedad coronaria. Los científicos encontraron que incluso independientemente del peso corporal y el índice de masa corporal total (IMC), la obesidad abdominal se asocia fuertemente con disfunción ventricular izquierda regional, que es una causa común de enfermedades del corazón, incluyendo insuficiencia cardiaca congestiva.

Los resultados del estudio se han presentado en la ACC.16, la 65th Annual Scientific Session & Expo del American College of Cardiology, celebrada en Chicago, Estados Unidos. “Nuestra investigación examinó a pacientes con diabetes, que ya se consideran en alto riesgo de desarrollar enfermedades del corazón, y encontró que la forma de su cuerpo determina si están en mayor riesgo de desarrollar disfunción ventricular izquierda”, dice Brent Muhlestein, codirector de la investigación en el Intermountain Heart Institute Center.

“Este estudio confirma que tener cuerpo en forma de manzana puede conducir a enfermedades del corazón y que reducir el tamaño de la cintura puede disminuir sus riesgos”, añade el Dr. Muhlestein.

Estudios muestran una fuerte correlación entre el aumento de peso y la función ventricular izquierda regional y la obesidad es un importante riesgo para la salud en todo el mundo. Una de cada tres personas tiene enfermedad cardiovascular a lo largo de su vida y alrededor de un tercio de ellas morirá de un ataque al corazón o un mal funcionamiento antes de que se le diagnostique la enfermedad cardiaca.

Los resultados de esta investigación amplían los resultados de un estudio publicado anteriormente denominada ‘faCTor-64’, también de investigadores del Intermountain Heart Institute Center y la Johns Hopkins Hospital, que mostró que a mayor índice de masa corporal de la persona, mayor es su riesgo de enfermedad del corazón.

‘faCTor-64’ incluyó a pacientes con diabetes que fueron considerados de alto riesgo de ataques cardiacos, accidentes cerebrovasculares o muerte, pero no había evidencia de enfermedad cardiaca hasta el momento. Se les realizó aleatoriamente cribado para la enfermedad de la arteria coronaria mediante angiografía coronaria por TC y recibieron recomendaciones para cambiar sus cuidados o su estilo de vida o continuar el tratamiento de la diabetes estándar de rutina, en base a sus resultados y se les siguió para detectar eventos cardiacos adversos en el futuro.

Durante el estudio, 200 participantes con imágenes de tomografía computarizada también se sometieron a ecocardiografía para evaluar su función ventricular izquierda. El ventrículo izquierdo es la cámara del corazón que bombea la sangre rica en oxígeno al cerebro y el cuerpo, de forma que cuando hay una disfunción en el ventrículo izquierdo, la sangre se acumula en los pulmones y las extremidades inferiores, lo que a menudo lleva a la insuficiencia cardiaca y eleva el riesgo de paro cardiaco repentino.

Aunque cualquier forma de la obesidad puede producir estrés en el corazón, el nuevo estudio de Intermountain Heart Institute Center muestra que la obesidad abdominal, más que peso total corporal o IMC (peso y altura), es un fuerte predictor de disfunción del ventrículo izquierdo.

“Hemos encontrado que, específicamente, la circunferencia de la cintura parece ser un predictor más fuerte de la disfunción del ventrículo izquierdo que el peso corporal total o índice de masa corporal”, dice otro de los investigadores, Boaz D. Rosen, de la Johns Hopkins University. A su juicio, se necesitan más estudios para “ver si estos pacientes tienen, de hecho, riesgo de desarrollar insuficiencia cardiaca o enfermedad arterial coronaria en el futuro”.

Los pacientes con cardiopatías deberían aumentar su actividad física

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Los pacientes con cardiopatía coronaria permanecen sentados, de media, 8 horas al día.

El resultado de un estudio publicado en el “European Journal of Cardiovascular Prevention” indica que los pacientes con cardiopatía que llevan una vida sedentaria presentan peor condición física y tienen más probabilidades de pesar más, independientemente de la cantidad de ejercicio que practiquen.

Para el estudio se equipó a 278 pacientes con cardiopatía coronaria con un dispositivo que registraba sus actividades durante un total de 9 días durante sus horas de vigilia. Además, los investigadores analizaron varios marcadores, entre los que se incluían el IMC y el estado cardiorrespiratorio. Los pacientes habían participado hasta ese momento en un programa de rehabilitación en el que aprendían cómo mejorar su estado físico a largo plazo.

Los hallazgos mostraban que los pacientes pasaban una media de 8 horas al día sentados. Los hombres pasaban sentados 1 hora más que las mujeres, probablemente porque estas tienden a realizar movimientos de menor intensidad, como el trabajo doméstico o la compra. Los que permanecían más tiempo sentados presentaban un IMC más elevado y un peor estado cardiorrespiratorio. Esta asociación se mantenía independientemente de la edad, el sexo o los niveles de actividad física.

La directora del estudio, Stephanie Prince, del University of Ottawa Heart Institute (Ontario, Canadá), indica: “Limitar la cantidad de tiempo que pasamos sentados puede ser tan importante como la cantidad de ejercicio”. En el futuro, podría ser aconsejable que los programas de rehabilitación se centraran en este punto.

Papel de los anticonceptivos orales en la prevención del cáncer endometrial

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Los anticonceptivos orales pueden conferir protección a largo plazo contra el cáncer endometrial

Los anticonceptivos orales pueden conferir protección a largo plazo contra el cáncer endometrial

Antecedentes

Se sabe que los anticonceptivos orales reducen la tasa de incidencia del cáncer endometrial, si bien se desconoce cuánto tiempo dura este efecto una vez cesado su uso o si se ve modificado por otros factores.

Métodos

Se solicitaron conjuntos de datos de participantes individuales a investigadores principales y se proporcionaron principalmente los de 27 276 mujeres con cáncer endometrial (casos) y 115 743 sin cáncer endometrial (controles) procedentes de 36 estudios epidemiológicos. Se estimaron los riesgos relativos (RR) de cáncer endometrial asociados al uso de anticonceptivos orales mediante regresión logística, estratificados por estudio, edad, paridad, índice de masa corporal, tabaquismo y uso de tratamiento hormonal para la menopausia.

Resultados

La mediana de edad de los casos fue de 63 años (RIC 57–68) y la mediana del año de diagnóstico del cáncer fue 2001 (RIC 1994–2005). Un total de 9459 (35 %) de los 27 276 casos y de 45 625 (39 %) de los 115 743 controles habían utilizado alguna vez anticonceptivos orales, durante una duración media de 3 años (RIC 1–7) y 4,4 años (RIC 2–9), respectivamente. Cuanto más tiempo habían utilizado las mujeres anticonceptivos orales, mayor fue la reducción del riesgo de cáncer endometrial; cada 5 años de uso se asociaron a un cociente de riesgos de 0,76 (IC 95 % 0,73–0,78; p< 0,0001). Esta reducción del riesgo persistió durante más de 30 años tras el cese de la utilización de anticonceptivos orales, sin una disminución manifiesta entre los RR del uso durante la década de los sesenta, setenta y ochenta, a pesar de las dosis más altas de estrógenos que contenían las píldoras utilizadas en los primeros años. Sin embargo, la reducción del riesgo asociado al uso en algún momento de anticonceptivos orales fue diferente según el tipo de tumor, siendo mayor en carcinomas (RR 0,69, IC 95 % 0,66–0,71) que en sarcomas (0,83, 0,67–1,04; comparación caso-caso: p = 0,02). En los países de renta elevada, se calculó que el uso de anticonceptivos orales durante 10 años redujo el riesgo absoluto de cáncer endometrial que ocurre antes de los 75 años, de 2,3 a 1,3 por cada 100 mujeres.

Interpretación

El uso de anticonceptivos orales confiere protección a largo plazo contra el cáncer endometrial. Estos resultados indican que, en los países desarrollados, los anticonceptivos orales han evitado unos 400 000 casos de cáncer endometrial antes de los 75 años de edad en los últimos 50 años (1965–2014), incluidos 200 000 en la última década (2005-2014).

Muchos adolescentes no reconocen que tienen sobrepeso

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De acuerdo con un estudio, el 40 % piensa que tiene un peso normal. La mayoría de los adolescentes de peso normal se identificó correctamente como personas con el peso adecuado.

El peso real de una persona puede diferir en gran medida de su propia percepción. Esto ha vuelto a demostrarse en un estudio británico realizado entre adolescentes. De acuerdo con los resultados publicados en el “International Journal of Obesity”, un tercio de los adolescentes con sobrepeso u obesos cree que su peso es “aproximadamente el correcto”.

Un grupo de científicos del Imperial College London analizó los datos de 5000 adolescentes con edades comprendidas entre los 13 y los 15 años. Evaluaron el IMC de los participantes, así como la percepción de su propio peso.

Casi las tres cuartas partes de los participantes (el 73 %) se encontraban en el intervalo de peso normal, una quinta parte presentaba sobrepeso y un siete por ciento estaba clasificado como obeso, pero la percepción no siempre se correlaciona con los hechos.

El 39 % de los adolescentes con sobrepeso y obesos percibían que su peso era “aproximadamente el correcto” y unos pocos (el 0,4 %) incluso pensaban que “pesaban demasiado poco”. Sin embargo, más de ocho de diez adolescentes con peso normal se identificaron correctamente como personas con un peso correcto. El 7 % pensaba que “pesaba demasiado”, aproximadamente el 10 % pensaba que “pesaba demasiado poco”. Las muchachas tenían más probabilidad de considerar que “pesaban demasiado”.

“Este estudio suscita alegría y preocupación. Los jóvenes que piensan que tienen sobrepeso cuando no es así pueden en ocasiones presentar trastornos de la alimentación devastadores, por lo que nos complace que la mayoría de los adolescentes con el peso correcto tengan una visión realista de su tamaño corporal”, indicó el autor del estudio, Jan Wardle. Sin embargo, resulta problemático que las personas con sobrepeso con frecuencia tengan una percepción distorsionada de sí mismos. Los autores subrayaron que debe concienciárseles de que no tienen un peso corporal sano y ayudarles a perder peso.

Asociaciones entre el IMC y los tipos de cáncer más habituales

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Análisis de un factor de riesgo evitable de cáncer

Análisis de un factor de riesgo evitable de cáncer

Antecedentes

Un índice de masa corporal (IMC) elevado predispone a diversos tipos de cáncer de localización específica, pero hasta el momento no se había realizado ninguna caracterización sistemática y detallada a gran escala de las pautas de riesgo en los diversos tipos de cáncer habituales ajustado en relación con los posibles factores de confusión. Nuestro objetivo fue investigar la relación entre el IMC y los tipos de cáncer de localización específica más habituales.

Métodos

Utilizando datos de atención primaria de personas incluidas en el Clinical Practice Research Datalink con datos sobre su IMC, adaptamos modelos de Cox para investigar las asociaciones entre el IMC y 22 de los tipos de cáncer más habituales, realizando ajustes por los posibles factores de confusión. Adaptamos modelos lineales y, a continuación, no lineales (spline); investigamos la modificación de los efectos por sexo, estado en relación con la menopausia, tabaquismo y edad, y calculamos los efectos poblacionales.

Resultados

Se incluyó a 5,24 millones de personas; 166.955 de ellas presentaron casos de cáncer de interés. El IMC se asoció con 17 de 22 tipos de cáncer, pero los efectos variaron sustancialmente dependiendo de la localización. Cada 5 kg/m2 de aumento en el IMC se asoció de forma básicamente lineal con el cáncer de útero (cociente de riesgos [hazard ratio, HR] 1,62, IC del 99 % 1,56—1,69; p<0,0001), vesícula biliar (1,31, 1,12—1,52; p<0,0001), riñón (1,25, 1,17—1,33; p<0,0001), cuello del útero (1,10, 1,03—1,17; p = 0,00035), glándula tiroidea (1,09, 1,00—1,19; p = 0,0088) y leucemia (1,09, 1,05—1,13; p≤0,0001). En general, el IMC se asoció positivamente con el cáncer de hígado (1,19, 1,12—1,27), colon (1,10, 1,07—1,13), ovario (1,09, 1,04—1,14) y cáncer de mama posmenopáusico (1,05, 1,03—1,07) (p para todos <0,0001), pero estos efectos variaban dependiendo del IMC subyacente o de las características de la persona. Se calcularon asociaciones inversas con el riesgo de cáncer de mama premenopáusico y de próstata, tanto en general (próstata 0,98, 0,95—1,00; cáncer de mama premenopáusico 0,89, 0,86—0,92) como en personas que nunca habían fumado (próstata 0,96, 0,93—0,99; cáncer de mama premenopáusico 0,89, 0,85—0,94). En contraste con ello, en los casos de cáncer de pulmón y de la cavidad bucal no se observó asociación alguna en las personas que nunca habían fumado (pulmón 0,99, 0,93—1,05; cavidad bucal 1,07, 0,91—1,26): las asociaciones inversas vinieron impulsadas, en general, por los fumadores actuales y antiguos fumadores, probablemente debido a la confusión residual por la cantidad de tabaquismo. Suponiendo causalidad, el 41 % de los casos de cáncer de útero y al menos el 10 % de los casos de cáncer de vesícula biliar, riñón, hígado y colon pueden atribuirse al exceso de peso. Calculamos que un aumento en 1 kg/m2 en el IMC a nivel poblacional haría que 3790 pacientes anuales más en el Reino Unido presentaran uno de los diez tipos de cáncer asociados positivamente con el IMC.

Interpretación

El IMC se asoció con el riesgo de cáncer, con importantes efectos poblacionales. La heterogenia de los efectos indica que distintos mecanismos se asocian con diferentes localizaciones de cáncer y subgrupos de pacientes distintos.