Oftalmologiia

O que sabemos sobre a progressão da #miopia em crianças durante a #pandemia?

Postado em


A miopia hoje é uma questão de saúde pública mundial, com estimativa da OMS de atingir metade da população em 2050. O menor tempo de atividades externas (que diminuiu ainda mais com a pandemia de Covid-19) tem sido reconhecido como um dos fatores de risco para o desenvolvimento de miopia. A duração e intensidade das atividades de perto também estão associadas.

Em resposta ao novo coronavírus que se espalhou a partir de dezembro de 2019, foi instituído o isolamento social e muitas escolas na china foram fechadas para evitar a transmissão. Mais de 220 milhões de crianças e adolescentes ficaram confinados em suas casas, estudando online. Questionou-se se o tempo diminuído em atividades externas e o aumento de tempo de tela teria gerado um aumento nos casos de miopia durante a pandemia.

Em estudo publicado na JAMA Ophthalmology em janeiro de 2021 foi investigada essa associação do confinamento durante a pandemia com o desenvolvimento de miopia em crianças na China. As escolas foram fechadas de janeiro a maio e reabertas em junho. Esse estudo já era realizado desde 2015, por 6 anos consecutivos.

Progressão da miopia em crianças durante a pandemia

Metodologia

Foram testadas 123.535 crianças. A miopia nessa população era relativamente estável, com um pequeno shift miópico de 2015 a 2019. Em 2020 o shift miópico foi substancial (aproximadamente -0,3 D) para crianças de 6 a 8 anos. A prevalência de miopia por idade em 2020 era de 21.5% aos 6 anos, 26,2% aos 7 anos e 37,2% aos 8 anos. Esses níveis eram significativamente maiores que os encontrados de 2015-2019: 5.7% aos 6 anos, 16.2% aos 7 anos e 27.7% aos 8 anos. Nesse estudo a prevalência de miopia foi aproximadamente 3 vezes maior em 2020 do que em outros anos.

Esse aumento não foi visto nos grupos mais velhos (de 9 a 13 anos) apesar do maior número de horas que os mais velhos ficavam em aulas online comparado com os mais novos. Isso fortalece a hipótese de que as crianças mais novas seriam mais sensíveis as alterações ambientais, estando em um momento de mais alta plasticidade. Outro achado que corrobora com os já encontrados em outros estudos é o de que meninas desenvolvem miopia mais precocemente que meninos.

Conclusão

Os achados desse estudo sugerem que o confinamento durante a pandemia por Covid-19 foram associados a um shift miópico substancial em crianças jovens (6 a 8 anos). Esse achado é importante para que possamos orientar as famílias em relação a um menor uso das atividades de perto quando possível associado ao aumento do tempo das atividades fora de casa permitidas durante a pandemia para evitar a progressão da miopia.

Autor(a):

Juliana Rosa

Pós graduação Lato Sensu em Córnea pela UNIFESP ⦁ Especialização em lentes de contato e refração pela UNIFESP ⦁ Residência médica em Oftalmologia pela UERJ ⦁ Graduação em Medicina pela UFRJ ⦁ Contato via Instagram: @julianarosaoftalmologia

Referências bibliográficas:

  • Wang J, Li Y, Musch DC, et al. Progression of Myopia in School-Aged Children After Covid-19 Home Confinement. JAMA Ophthalmol. Published online January 14, 2021. doi: 1001/jamaophthalmol.2020.6239

O uso de DMBA e o aumento de lesões oculares em crianças na pandemia

Postado em


A pandemia de Covid-19 tornou os desinfetantes para as mãos à base de álcool (DMBA) amplamente disponíveis em locais públicos. Um artigo publicado no jornal JAMA Ophthalmology avaliou se o aumento do uso desses produtos está relacionado a um consequente aumento de lesões oculares graves em crianças.

Os pesquisadores Martin e colaboradores avaliaram uma série de casos retrospectivos no período de abril a agosto de 2020. Os casos eram provenientes tanto do banco nacional de dados dos Centros de Controle de Envenenamento da França (French Poison Control Centers – PCC), quanto de um hospital de referência em oftalmologia pediátrica em Paris. Qualquer caso de exposição ocular a um produto químico, em um paciente com menos de 18 anos, foi analisado, sendo incluídos os dados referentes a exposição a DMBA. Os seguintes dados foram coletados: idade, sexo, circunstâncias de exposição, sintomas, tamanho do defeito epitelial no primeiro exame, tempo entre o incidente e a reepitelização e tratamento clínico e/ou cirúrgico. Além disso, o número de exposições oculares a DMBA, por crianças em dois períodos (abril a agosto de 2020 e abril a agosto de 2019), foram comparados.

Estudo analisa se o aumento do uso de produtos DMBA está relacionado a um consequente aumento de lesões oculares graves em crianças. 

O estudo sobre uso de DMBA e lesões oculares

Entre 1° de abril e 24 de agosto de 2020, a proporção de chamadas para o PCC, associadas a respingos de produtos químicos em crianças, foi significativamente menor em comparação com o mesmo período em 2019: 2.336 casos (2,2% das chamadas pediátricas) em 2020 versus 2553 casos (4,2% das chamadas pediátricas) em 2019. No entanto, no mesmo período, houve sete vezes mais casos pediátricos de exposições oculares a DMBA relatados no banco de dados do PCC, em comparação com o mesmo período em 2019 (9,9% das exposições oculares pediátricas em 2020 versus 1,3% em 2019). Em 2020, 63 casos de exposição ao DMBA ocorreram em local público, enquanto nenhum caso foi relatado em 2019. Os locais mais frequentes foram lojas e shoppings (n = 47), restaurantes (5 casos), locais públicos abertos (5 casos), arena de esportes (1 caso), sala de cinema (1 caso), piscina (1 caso), e outros nos últimos 3 casos. O número de casos ocorridos em locais públicos aumentou em 2020 (de 16,4% em maio para 52,4% em agosto). Todos os casos foram associados a dispositivos disponibilizados ao público no âmbito da Covid-19 (dispensadores automáticos ou pedais). Da mesma forma, as admissões em hospitais oftalmológicos por exposição a DMBA aumentaram no mesmo período (16 crianças em 2020, incluindo 10 meninos; idade média, 3,5 anos versus 1 menino de 16 meses em 2019). Oito deles apresentavam úlcera de córnea e/ou conjuntival, envolvendo mais de 50% da superfície corneana em seis deles. Dois casos necessitaram de transplante de membrana amniótica.

Os resultados desse estudo mostram que, apesar da importância do DMBA para controlar a propagação da Covid-19, esses agentes devem ser usados com cautela e, provavelmente, mantidos longe de crianças pequenas. A composição do DMBA é altamente variável. Normalmente segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e contém 80% de etanol ou 75% de isopropanol, que são produtos irritantes. O etanol é amplamente utilizado na cirurgia de córnea e cirurgia refrativa para facilitar o desbridamento epitelial. No entanto, o protocolo geralmente utilizado por oftalmologistas envolve uma solução de etanol diluído a 20%, aplicada por 30 segundos, no máximo. Martin e colaboradores comentam que um estudo mostrou que o etanol não só tem um efeito citotóxico imediato nas células epiteliais da córnea, mas também reduz a proliferação e induz a apoptose. Além disso, outros aditivos irritantes, incluindo peróxido de hidrogênio, polietilenoglicol (para aumentar a viscosidade), perfumes ou óleos essenciais, podem aumentar a toxicidade ocular por DMBA.

Concluindo

A especificidade da ocorrência dessas complicações em pediatria é devida, provavelmente, à colocação do dispensador de gel na proximidade dos rostos das crianças. Dispensadores, muitas vezes operados por pressão por meio de um pedal, permitem a administração de doses unitárias de DMBA. No entanto, esses dispositivos geralmente têm cerca de 1 m de altura, fornecendo o produto ao nível dos olhos de crianças pequenas. Além disso, o atraso na lavagem dos olhos devido à falta de acesso a um abastecimento de água ou à viscosidade de certas preparações, é muito prejudicial para a superfície ocular. Algumas recomendações práticas para os pais incluem enfatizar a lavagem das mãos com água e sabão ao invés de DMBA e treinar as crianças para a utilização apropriada desses produtos. Por fim, seria interessante que os dispensadores de DMBA fossem separados para crianças e colocados em um nível mais baixo do que para os adultos e que sinais de atenção fossem colocados ao lado do dispensador.

Autor(a):

Roberta Esteves Vieira de Castro

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação.

Referências bibliográficas:

DMBA LESÕES OCULARES

Crianças e tecnologia em tempos de Covid-19: risco para boom de miopia?

Postado em Atualizado em

Miopia

Até os anos 2050 é estimado que 5 bilhões de pessoas no mundo serão míopes. Isso levou muitos governos a implantarem políticas de controle da miopia na última década. O crescimento abrupto no uso de tecnologia digital e aulas online durante a pandemia pode diminuir a eficácia dessas políticas. 

Um artigo publicado em 2020 no American Journal of Ophthalmology discutiu as alterações no aprendizado infantil durante o lockdown, revisando as evidências associadas ao tempo de tela e ao impacto na miopia. Muitas crianças estão sendo ensinadas através de plataformas digitais. Aproximadamente 1.37 bilhões de estudantes (80% dos estudantes mundiais) de 130 países foram afetados pelas medidas do lockdown

O fechamento das escolas, quarentena em casa, aulas online aumentando o tempo de tela e tempo total utilizando a visão para perto durante o dia associado a uma diminuição do tempo outdoor pode estar associado a um aumento da incidência de miopia. Além disso, as políticas públicas para controle da miopia usadas na Ásia, como em Taiwan e Singapura, estão intimamente integradas ao sistema educacional, principalmente na incorporação de atividades outdoor no tempo escolar. O fechamento dificulta o seguimento desses programas.

Temos evidências de que o aumento do uso da visão de perto causa miopia? 

Uma meta análise que incluiu 25 mil crianças de 6 a 18 anos concluiu que existe evidência para recomendar a diminuição do tempo de leitura para reduzir o risco de miopia. O aumento do tempo em atividades outdoor se mostrou protetor contra a progressão da miopia, com uma meta análise demonstrando tanto diminuição na prevalência quanto na incidência de miopia. 

He e associados demonstraram que um tempo adicional de 40 minutos outdoor foi associado a 23% de redução na incidência de miopia. Wu e associados demonstraram 54% menor risco de progressão da miopia em crianças miópicas e não miópicas que passaram 11 horas ou mais outdoor por semana. Atividades com exposição moderada à luz, como embaixo de uma árvore, por exemplo, já foram suficientes para reduzir a progressão da miopia.

Atualmente os guidelines da OMS recomendam menos de 1 hora de tela para crianças entre 1 e 5 anos. Na China, onde quase metade da população tem miopia, políticas agressivas foram implementadas. O Ministério da Educação restringiu o uso eletrônico como ferramenta de ensino para no máximo 30% do tempo total de aulas, <20 minutos ao dia em dever de casa eletrônico e os celulares e tablets foram proibidos em sala de aula. Os alunos também são estimulados a “descansarem os olhos” por 10 minutos após 30-40 minutos de tempo de tela. O uso contínuo de eletrônicos para propostas não educacionais deve ser limitado a 15 minutos por dia,  com uma duração cumulativa de menos de 1 hora ao dia.

O que fazer para diminuir a progressão da miopia associada ao maior uso da visão de perto através das atividades eletrônicas que se impuseram na quarentena?

O primeiro passo é orientar os pais sobre os efeitos do aumento das atividades de perto e da diminuição do tempo em ambiente externo no aumento da incidência e progressão da miopia. É importante que estejam atentos orientando pausas frequentes no trabalho de perto e limitando o número de horas de uso recreacional dos eletrônicos. Além disso, o Governo e os oftalmologistas devem se engajar com a escola para formular um currículo de aprendizado em casa que encoraje o aprendizado criativo, não somente lendo e estudando em casa, incluindo atividades físicas indoor ou atividades de casa como cozinhar e limpar a casa. 

O terceiro ponto é que, mantendo a segurança, a legalidade e o distanciamento social adequado, atividades outdoor podem ser encorajadas. O tempo de ambiente externo de 2-3 horas por dia pode ser mais possível agora com a flexibilização das quarentenas. 

Não podemos negar que a tecnologia digital trouxe grandes benefícios em meio a quarentena. Mas sabemos também como é importante desenvolver uma relação saudável com os meios eletrônicos. Os pais devem impor limites no tempo de uso de telas e sempre supervisionar o conteúdo digital que está sendo visto, visando a segurança da criança e maximizando as experiências de aprendizado. Ter uma programação diária e alocar o tempo para atividades específicas pode ser útil. Além disso, o exemplo é importante e talvez os pais devam reduzir seu próprio tempo de tela, passando mais tempo com os filhos em ambientes externos e engajando as crianças em atividades não digitais. 

Autor(a):

Juliana Rosa

Pós graduação Lato Sensu em Córnea pela UNIFESP ⦁ Especialização em lentes de contato e refração pela UNIFESP ⦁ Residência médica em Oftalmologia pela UERJ ⦁ Graduação em Medicina pela UFRJ ⦁ Contato via Instagram: @julianarosaoftalmologia

Referência bibliográfica: 

  • Chee Wai Wong, Andrew Tsai, Jost B. Jonas, Kyoko Ohno-Matsui, James Chen, Marcus Ang, Daniel Shu Wei Ting, Digital Screen Time During the COVID-19 Pandemic: Risk for a Further Myopia Boom?, American Journal of Ophthalmology, Volume 223, 2021,

Ajustar la mascarilla y contar con mobiliario ergonómico, consejos a pie de mostrador frente al ojo seco

Postado em Atualizado em

Cinfa ha desarrollado una serie de recomendaciones para que el farmacéutico recuerde a los usuarios cómo cuidar la vista, tan afectada en estos meses de pandemia.

Si no se ajusta bien la mascarilla los ojos se resecan mucho por el flujo de aire que sale por la parte superior.
Si no se ajusta bien la mascarilla los ojos se resecan mucho por el flujo de aire que sale por la parte superior.

Parecen obvios, pero no siempre los usuarios de la farmacia adoptan las medidas adecuadas para cuidar los ojos, tan perjudicados durante los meses de pandemia, debido al uso prolongado de las mascarillas y a la exposición a ambientes cerrados y pantallas de ordenador, móviles o tabletas. Estas condiciones han motivado un aumento de casos de ojo seco y otros trastornos oculares, que se pueden prevenir con consejos muy sencillos que el farmacéutico puede recordar en las dispensaciones.

Así, gestos tan sencillos como ajustar las mascarilla pueden ayudar a evitar síntomas como la sensación de tener un cuerpo extraño o arenilla dentro del ojo, sequedad y/o enrojecimiento ocular, picor y escozor, lagrimeo, pesadez en los ojos e inflamación de los párpados (blefaritis). Y es que si no se ajusta bien por la parte superior de la mascarilla, emerge un flujo de aire que llega hasta los ojos de manera continua durante todo el tiempo que se lleve puesta, recuerda Julio Maset, médico de Cinfa.

Además de la mascarilla, hay otros factores implicados en la sequedad ocular, como la baja humedad del ambiente, lo que puede ocurrir debido a la calefacción. En este sentido, una buena idea es colocar humidificadores en la habitación y ventilar bien la habitación.

“Si a ello se añade el hecho de que muchas personas han de trabajar desde casa, pasando más horas delante de pantallas y, en ocasiones, sin contar con el equipo ergonómico adecuado, el esfuerzo al que se ven sometidos nuestros ojos es evidente”, explica Maset.

Además, de cara a atajar la aparición de otros trastornos derivados de esta situación, es importante contar con el mobiliario -silla y mesa- y el equipamiento tecnológico que permitan mantener una buena postura al trabajar. Esto también puede ayudar a prevenir tanto problemas visuales -pesadez de los ojos y de los párpados, visión borrosa, enrojecimiento ocular, molestias causadas por la luz o la mencionada sequedad ocular-, como dolores musculares y cefaleas.

Iluminación y descansos

Igualmente, es crucial cuidar la iluminación al trabajar o estudiar desde casa, así como mantener una distancia adecuada a la pantalla –de 40 a 50 centímetros-. Como añade el experto de Cinfa, “también debemos realizar pausas, porque nuestros ojos no están preparados para fijarse durante largos periodos de tiempo en un mismo punto. Pero estos descansos no hemos de dedicarlos a consultar el móvil o leer, sino a mirar a lo lejos, por ejemplo por una ventana, o a hacer ejercicios que nos permitan relajar y acomodar la vista”. También hace hincapié en parpadear a menudo, ya que cuando se trabaja frente al ordenador la frecuencia de parpadeo disminuye notablemente y esto redunda en una falta de lubricación de la córnea.

“No sabemos cuánto va a durar esta pandemia y, a medio y largo plazo, nuestros ojos agradecerán estos hábitos”, concluye Maset.

Tome nota

  • Ajustar bien la parte superior de la mascarilla a la cara.
  • Cuidar la iluminación el entorno de trabajo.
  • Trabajar con un monitor en buenas condiciones.
  • Mantener textos y pantallas a unos 40 centímetros.
  • Realizar descansos periódicos.
  • Parpadear con frecuencia.
  • Hidratar los ojos con soluciones específicas e ingerir suficiente agua.
  • No abusar de los dispositivos electrónicos.
  • Evitar los ambientes calurosos o demasiado secos.
  • Revisar la vista cada año y medio o dos años.

Keeping Eyes Safe From COVID-19: What Works?

Postado em

Protection Goes Beyond Masking

Dr Anthony Fauci has suggested that eyewear such as goggles or face shields can offer more complete protection from the virus that causes COVID-19 than covering the nose and mouth alone. Although stopping short of a universal recommendation, Fauci advocates eyewear for those who want “perfect protection of the mucosal surfaces,” including the eyes. For the general public, eye protection is optional but could serve as an effective means to reduce the risk for COVID-19, depending on the environment.

It’s a different story for healthcare providers (HCPs) in many clinical settings, where eye protection recommendations depend on the likelihood of exposure in the direct care of patients. In its updated guidance, Interim Infection Prevention and Control Recommendations for Healthcare Personnel During the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic, the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) recommends eye protection for the following HCPs:

  • Those caring for patients with suspected or confirmed SARS-CoV-2 infection; and
  • Those working in facilities located in areas with moderate to substantial community transmission who are more likely to encounter asymptomatic or presymptomatic patients with SARS-CoV-2 infection.

In addition to wearing a mask when caring for a patient with suspected or confirmed COVID-19, the CDC recommends goggles or a face shield that covers the front and sides of the face, rather than safety glasses or standard prescription eyeglasses, which, by design, offer limited protection from splashes, sprays, and airborne particles.

The CDC doesn’t address the risk for infection with SARS-CoV-2 from coworkers or the general public beyond these two clinical scenarios, leaving HCPs to decide for themselves whether and what type of eye protection they should wear at or outside the workplace and the potential benefits of doing so.

Why Worry About the Eyes?

Given that COVID-19 cases and deaths continue to climb, it’s clear that we don’t perfectly understand all modes of transmission, including the role of the eyes.

The eye, like the nose and mouth, is a mucous membrane that might serve as a portal for acquisition of SARS-CoV-2 by providing a large surface area exposed to droplets or airborne particles and contamination from a person’s hands. The surface of the eye is thought to contain SARS-CoV-2 ACE receptors, which bind to the virus. The virus has been isolated in tears and other conjunctival secretions, and like other viruses, it can be carried down via the nasal-lacrimal duct into the nasopharynx and into the lungs. Moreover, conjunctivitis can be the presenting sign of COVID-19.

Which of the many available eyewear options significantly reduce the risk for viral transmission? Let’s review the evidence.

Prescription Eyeglasses

Early in the pandemic, doctors in China made a curious observation about COVID-19 patients admitted to their intensive care unit. Very few of these patients routinely wore prescription eyeglasses, suggesting that glasses might have a role in protecting the wearer from the virus that causes COVID-19. Their observations were confirmed in a cohort study of patients admitted to the hospital with a diagnosis of COVID-19. Inpatients with COVID-19 were significantly less likely than the general population (5.8% vs 31.5%, respectively) to wear glasses for at least 8 hours daily.

This significant disparity suggests a protective effect of full-time eyeglass wear against the acquisition of SARS-CoV-2, possibly by serving as a barrier to droplet and ocular surface transmission if worn when directly interacting with others. The findings of this small study, while certainly intriguing, are far from conclusive, and a prospective study would be needed to prove that glasses can guard against COVID-19.

Standard eyeglasses protect only the front of the eye, so airborne viruses, droplets, or splashes can reach the eyes from the top, bottom, or sides of the glasses. Poorly fitting or loose glasses might encourage more handling of eyewear, with potential contamination from the wearer’s hands.

Safety Glasses 

Like standard eyeglasses, safety glasses (also known as trauma glasses) provide a relatively low level of protection against respiratory droplets. Safety glasses are primarily designed to protect the wearer from high-velocity impact and exposure to radiation and chemicals. The American National Standards Institute (ANSI) regulates the standards for this type of eyewear, with ANSI Z87.1 being the standard rating for eye and face protection. Note, however, that this rating does not include protection against bloodborne pathogens or other types of infection control.

Like prescription eyeglasses, many safety glasses are designed with gaps between the frame and the face, which may fail to block transmission of infection through sprays, splashes, or airborne particles circulating in poorly ventilated environments. This exposure point can be minimized with side shields or a wraparound design.

Plano safety glasses can be worn over prescription glasses and will probably provide some protection. Some safety glasses can be customized with prescription lenses to eliminate the need for multiple pieces of eyewear.

Goggles 

By creating a seal around the eyes, goggles can dramatically reduce the access of the virus to the ocular surface by offering protection against sprays or splashes of respiratory droplets.

This effectiveness may depend on the style of the goggles. Goggles are available with different degrees of ventilation, which cuts down on fogging. Direct-vented goggles allow unimpeded airflow and also may allow penetration by sprays and splashes. Indirect-vented goggles may block liquid splashes but could still allow small airborne particles to penetrate. Nonvented goggles offer the highest level of infection by blocking airborne particles as well as sprays or splashes.

Some goggles can fit over prescription glasses, but it is important to check for any gaps between the edge of the goggles and the face.

Goggles are currently recommended for providers interacting with COVID-19 patients or working in areas with moderate to substantial SARS-CoV-2 transmission. Typically a nondisposable item, goggles should be removed after leaving an infected patient’s room, and cleaned and disinfected prior to next use. In areas with minimal or no community spread, goggles are considered optional unless otherwise indicated.

Unvented goggles (along with a face mask) would probably also offer the highest level of protection for anyone spending a long period of time with people in a poorly ventilated environment.

Face Shields

Face shields may be worn in conjunction with or as an alternative to eyeglasses, safety glasses, or goggles. Face shields worn with goggles provide the maximum level of eye protection. By themselves, face shields mainly block direct droplet sprays.

Face shields reduce exposure of the mucous membranes, including those of the eyes, mouth, and nose, to the virus. To provide optimal eye protection from viral transmission, face shields should cover the crown and chin and extend to the ears.

Face shields are considered an appropriate form of eye protection in areas with moderate to substantial SARS-CoV-2 transmission.

Contact Lenses

Questions have been raised about whether contact lenses can act as a shield against the transmission of SARS-CoV-2. On the flipside, there are fears that contact lenses could serve as reservoirs for the virus. Contact lenses could also potentially promote the spread of SARS-CoV-2 by increasing the frequency and intensity of hand contact with the ocular surface.

It is unlikely that contact lenses offer any meaningful protection from infection because they are covered by the tear film, which is the eye’s first line of defense. Soft contact lenses more fully cover the cornea than hard lenses and thus might serve as a mechanical barrier to the eye’s SARS-CoV-2 ACE 2 receptors. However, the receptor density is low overall, and the tear film could still spread virus particles to the cornea and conjunctiva.

Nor is it likely that contact lenses play a significant role in promoting the spread of the virus as long as standard contact lens hygiene practices are followed. Contact lens wearers do tend to rub their eyes more often than the general population, which might serve as another route of infection of the eyes.

Patients with COVID-19 should refrain from wearing contact lenses while sick. Any soft contact lenses worn when the patient was positive for the virus should be discarded; hard contact lenses should be sterilized.

There is no compelling evidence regarding specific contact lens materials and virus susceptibility, but in general, daily disposable lenses are the most effective at reducing inflammatory complications.

Choosing Eye Protection

Formal eye protection recommendations have been made for HCPs who are caring for COVID-19 patients in clinical settings, but other scenarios fall into a gray area.

If ventilation of the area is a concern or the level of ventilation in one’s workspace is unknown, then goggles would provide the highest level of eye protection, as they protect from airborne particles that may circulate for longer in a poorly ventilated area.

When interacting with other people where the level of contact is casual and social distancing is followed, eyeglasses or safety glasses would provide some level of eye protection from an unexpected sneeze or cough that could transmit SARS-CoV-2. The level of protection offered by eyeglasses or safety glasses is not robust, but they do provide at least some barrier to viral transmission.

Best Practices for Eyewear Removal

When eyeglasses or safety glasses are removed, the wearer should touch only the portion of the glasses that secures them to the head. The front of the glasses is the area most likely to be contaminated, so touching that area should be avoided. Safety glasses should be disinfected according to the manufacturer’s instructions and allowed to air-dry.

Goggles should be removed by touching the back strap, not the front or sides of the goggles.

The Evolving Role of Eye Protection

The precise role of eye protection is evolving. Although goggles and face shields provide high levels of eye protection from SARS-CoV-2 in the workplace, the evidence is less clear when it comes to safety glasses, standard eyeglasses, and contact lenses. Future studies will certainly attempt to determine the most effective form of eye protection for HCPs in the clinical setting.

In addition to HCPs facing an obvious risk for exposure to the virus and more severe COVID-19 illness in the workplace, recent evidence suggests that the risks are also significant during social or family gatherings.

There is no question that the eyes pose a risk, at least theoretically, of serving as a gateway for infection with SARS-CoV-2, and they may even exhibit conjunctivitis, a presenting sign of the virus. In the absence of universal recommendations for protective eyewear during the pandemic, clinicians must decide for themselves how much protection they desire, both inside and outside the healthcare setting.

Brianne N. Hobbs, OD, is associate director of exam innovation at the National Board of Examiners in Optometry in Charlotte, North Carolina. She is currently engaged with the creation of a new clinical skills exam for optometry. She has spent most of her career in academia and has also worked in a hospital-based setting.

Medscape Ophthalmology © 2020 WebMD, LLC

Any views expressed above are the author’s own and do not necessarily reflect the views of WebMD or Medscape.

Cite this: Keeping Eyes Safe From COVID-19: What Works? – Medscape – Dec 16, 2020.

Estudo analisa: Covid-19 gera alterações retinianas?

Postado em

  

Existem evidências crescentes de que o SARS-CoV-2 pode afetar o endotélio e induzir importantes alterações nos vasos em diversos órgãos, mas apenas um artigo, com doze participantes, havia descrito alterações retinianas e um demonstrou evidência patológica da presença do SARS-CoV-2 na retina. 

Estudo analisa fundoscopias para entender se Covid-19 gera alterações retinianas.

Covid-19 e alterações retinianas

Em estudo publicado em setembro deste ano foram analisadas as fundoscopias de 54 pacientes com COVID-19 para identificar alterações da retina e vasos retinianos, e foram comparados com 133 indivíduos não expostos. Foi observada dilatação de artérias e veias retinianas nos pacientes com COVID 19, com as veias sendo significativamente mais largas, tanto nos casos graves quanto nos não graves, se comparados com os não expostos. Além disso o diâmetro das veias era maior nos casos mais severos. 

Alterações retinianas são comumente vistas em pacientes com doenças virais. Esse fenômeno patológico pode ocorrer por um efeito citopático do microorganismo nos neurônios retinianos, como no caso do citomegalovírus, ou secundário ao dano a microvasculatura, quando o vírus atinge o endotélio vascular, como na retinopatia do HIV. 

Conclusão

O estudo foi realizado no Hospital Luigi Sacco, na Universidade de Milão, com o nome de “ScrEening the Retina in Patients wIth COVID-1900” (SERPICO-19). Os pacientes com diagnóstico confirmado por PCR foram analisados por 30 dias, a partir do início dos sintomas. O diâmetro das veias era ainda maior em casos mais severos e mostrou correlação inversa com o tempo de início dos sintomas. Tanto as artérias quanto as veias podem dilatar por efeito de mediadores inflamatórios.

O estudo não foi capaz de identificar se as alterações retinianas foram causadas pelo próprio vírus ou pela resposta imune do paciente. Considerando a natureza não invasiva da fundoscopia, as alterações retinianas devem ser investigadas em mais estudos prospectivos para entender a possível aplicação no diagnóstico e no manejo de COVID-19. 

Autora:

Juliana Rosa

Pós graduação Lato Sensu em Córnea pela UNIFESP ⦁ Especialização em lentes de contato e refração pela UNIFESP ⦁ Residência médica em Oftalmologia pela UERJ ⦁ Graduação em Medicina pela UFRJ ⦁ Contato via Instagram: @julianarosaoftalmologia

Referências Bibliográficas:

  • RESEARCH PAPER| Volume 27, 100550, October 01, 2020 
  • Retinal findings in patients with COVID-19: Results from the SERPICO-19 study
  • Alessandro Invernizzi, Alessandro Torre, Salvatore Parrulli, Federico Zicarelli, Marco Schiuma, Valeria Colombo, et al. Show all authors Open Access Published: September 20, 2020DOI: https://doi.org/10.1016/j.eclinm.2020.10055

Retinógrafo portátil permite diagnosticar doenças oculares à distância

Postado em

olho de pessoa com imagem de inovação pelo novo retinógrafo portátil

Um aparelho portátil ligado a um smartphone produz imagens precisas da retina, permitindo detectar doenças do fundo do olho a um custo bem mais baixo do que os métodos convencionais.

Criado pela Phelcom Technologies, o Eyer é o primeiro retinógrafo portátil com qualidade de equipamento de mesa. O equipamento consegue possibilitar o diagnóstico por telemedicina, um benefício a mais em tempos de pandemia.

Usando a tecnologia que já existe e equipamentos que a maioria das pessoas já possui em casa, a telemedicina pode gerar diagnósticos e tratamentos mais rápidos, aumentando a eficiência nos atendimentos, reduzindo o estresse do paciente e a grande demanda de pessoas, no sistema público de saúde.

“No caso de doenças oftalmológicas, alguns diagnósticos podem ser realizados através do Eyer, um aparelho de alta tecnologia, integrado ao smartphone, que permite a realização de exames, automaticamente sincronizados com a internet, habilitando diagnósticos remotos”, explica Caio Regatieri, oftalmologista e sócio-proprietário da Videomedic, software de gestão e atendimento médico em planos de saúde.

Funções inteligentes

O Eyer possui funções inteligentes que auxiliam o diagnóstico médico, capturando a foto do fundo de olho, com alto nível de detalhes, facilitando o compartilhamento e o acesso aos dados dos exames, na nuvem. É possível realizar exames de retina, sem a necessidade de dilatação da pupila, em qualquer lugar do mundo, com conforto e rapidez.

Na frente da câmera do celular, fica um conjunto óptico projetado para iluminação e imageamento da retina. Quando as imagens são produzidas, o aplicativo que opera o aparelho as envia pela internet para um sistema web, chamado de Eyer Cloud, que permite armazenar e gerenciar os exames dos pacientes.

Caso não haja acesso a Wi-Fi ou rede 3G ou 4G no momento do exame, as imagens ficam salvas no aparelho e são enviadas para a nuvem assim que houver conexão com a internet.

“Qualquer profissional da saúde, desde que seja treinado, poderá realizar exames de retina de alta qualidade, em menos de um minuto. Em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por exemplo, que não tenha a especialidade de oftalmologia, a própria enfermagem ou o clínico médico poderá realizar o exame e enviar para outra unidade, que tenha a especialidade. O diagnóstico é realizado à distância e o problema é resolvido rapidamente. Se for algo mais grave, o paciente já será encaminhado ao especialista, imediatamente”, esclarece Caio Regatieri.

Produção e custos

O Phelcom Eyer alcançou a marca de 100 mil exames realizados. O equipamento foi lançado no mercado há apenas um ano e quatro meses.

O dispositivo já sai da fábrica acoplado a um smartphone de última geração e custa cerca de US$ 5 mil. O aparelho convencional mais usado atualmente precisa ser ligado a um computador e custa em média R$ 120 mil.

Os exames de segmento anterior e retinografia colorida são os mais realizados atualmente. “Cerca de 850 profissionais utilizam a tecnologia e há aproximadamente 90 mil pacientes cadastrados na nossa plataforma on-line, o Eyer Cloud”, conta José Augusto Stuchi, cofundador e CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi.

A expectativa é produzir 200 mil exames até metade de 2021.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

Recomiendan fomentar las actividades al aire libre entre los menores para evitar el incremento de la miopía

Postado em

Los ópticos-optometristas alertan de que un uso inadecuado de los dispositivos electrónicos puede generar una progresión más rápida de la miopía.

En las actividades al aire libre se utiliza la visión de largo alcance para visualizar elementos y personas.
En las actividades al aire libre se utiliza la visión de largo alcance para visualizar elementos y personas.

Con motivo del Día Universal del Niño, que se celebra este viernes, 20 de noviembre, el Colegio Nacional de Ópticos-Optometristas de España (CNOO) recomienda fomentar las actividades al aire libre para evitar el incremento de la miopía, un problema visual que afecta a 2.600 millones de personas en todo el mundo, según el Informe Mundial sobre la Visión 2020 de la Organización Mundial de la Salud (OMS).

Según explican desde el órgano colegial, en las actividades al aire libre se utiliza la visión de largo alcance para visualizar elementos y personas que se encuentran lejos. Además, en el exterior se produce una mayor interacción con la luz natural, un factor que puede proteger de la aparición de la miopía debido a los cambios en los niveles de dopamina y melatonina a nivel de la retina o los cambios a nivel del ritmo circadiano del niño. “Cuando un menor permanece demasiado tiempo en casa sin salir al exterior, los ojos se adaptan a la visión en corto y realizan menos esfuerzo al tener los objetos más cerca”, asegura Juan Carlos Martínez Moral, decano del CNOO.

Por ello, desde la institución apuntan que es necesario incentivar a los más pequeños para que jueguen en la calle o el parque, y a que lleven a cabo ejercicios o actividades deportivas respetando las medidas de seguridad y distanciamiento social pertinentes.

Junto a esto, desde la CNOO añaden: “Todo apunta a que los toques de queda impuestos por los distintos gobiernos autonómicos para doblegar la curva de contagios del coronavirus producirán un aumento del uso de dispositivos electrónicos por parte de los niños, ya que estos pasarán más horas en casa y se aferrarán a este formato de ocio. Esto puede conllevar riesgos, como una posible progresión más rápida de la miopía en los más jóvenes, si se utilizan de forma inadecuada“.

Fatiga visual y problemas oculares

Además, afirman que un uso incorrecto de las pantallas puede provocar fatiga visual y, en el peor de los casos, generar problemas oculares, como la aparición de problemas acomodativos. “Algunos síntomas derivados de un uso prolongado de este tipo de dispositivos son mala visión transitoria, dificultad de enfoque a distintas distancias, sensibilidad al brillo de la luz, incomodidad ocular, dolor de cabeza y ojos irritados, secos o cansados”, detalla Martínez Moral.

Junto a esto, y de cara a las fiestas de Navidad que se aproximan, desde el CNOO ponen el foco en los regalos que se hacen a los menores. Sobre este asunto, piden que se incentive los regalos que favorecen el desarrollo visual, como son los rompecabezas, puzles y juegos de ingenio, ya que estos contribuyen a desarrollar la percepción y la memoria visual.

“En este sentido, los padres desempeñan un rol fundamental, por lo que deben estar atentos y evitar aquellos juguetes que tengan lentes o espejos, como telescopios o prismáticos, ya que pueden concentrar la luz y provocar quemaduras graves en los ojos si se utilizan de manera inadecuada. Asimismo, hay accesorios que, debido a su forma (partes afiladas o puntiagudas), se convierten en objetos peligrosos para los ojos de los niños”, concluyen desde el CNOO.

Recomendaciones

Durante el otoño y el invierno las actividades al aire libre exigen una protección adecuada del sistema visual porque los cambios bruscos de temperatura, el frío y el viento producen mayor sequedad ocular de la habitual. Esta, unida a un clima más agresivo puede desencadenar visión borrosa, picor y escozor. Por ello, el CNOO recomienda:

  • Parpadear constantemente para favorecer la lubricación ocular con nuestra lágrima.
  • Proteger los ojos del frío y el viento utilizando gafas, lo que evitará que la lágrima se evapore con rapidez.
  • Llevar a cabo una buena alimentación para paliar los efectos del síndrome del ojo seco. La dieta debe incluir frutas y verduras, así como ácidos grasos y omega 3.
  • Precaución con los cambios de temperatura entre espacios interiores y exteriores, sobre todo al salir de casa al exterior para hacer ejercicio tras mucho tiempo de inactividad.
  • Utilizar siempre unas gafas de sol homologadas para protegerte de los rayos ultravioleta.
  • Acudir al óptico-optometrista para que evalúe el estado visual.

La córnea humana parece ser inmune a la replicación del SARS-CoV-2

Postado em

Virus como el Zika o el Herpes simple se replican en la córnea humana. Pero, el SARS-CoV-2 no porque el interferón corneal tipo III lo impide, lo que abre el camino a nuevas terapias.

La córnea humana no parece replicar el coronavirus.
El virus SARS-CoV-2 no parece replicarse en el córnea humana.

A pesar de que diversos ensayos han sugerido la presencia del SARS-CoV-2 en la lágrima humana y que algunos pacientes con covid-19 presentan conjuntivitis, afección que ya se relaciona como síntoma temprano de la enfermedad, el nuevo virus no parece replicarse en la córnea humana, aunque esta y la conjuntiva tienen receptores para el nuevo virus.

La causa de  este bloqueo podría encontrarse en la acción que ejerce el interferón corneal tipo III, según señala una nueva investigación, publicada en el último Cell Reports, y que podría ser el punto de partida de nuevas estrategias dirigidas contra el coronavirus en la córnea. 

Mientras que Zika (ZIKV) y herpes simple 1 (HSV1) son capaces de infectar la córnea, pues se han observado en las lágrimas y el tejido corneal de pacientes infectados con estos virus, no se ha evidenciado esta actividad en el caso del SARS-CoV-2, aunque “aún hay que concretar si tejidos como los conductos lagrimales y la conjuntiva son vulnerables a la acción del nuevo coronavirus”, señala Jonathan J. Miner, de los Departamentos de Medicina, Microbiología Molecular y Patología e Inmunología de la Escuela Universitaria de Medicina de la Universidad de Universidad de Washington, en Sant Louis (Estados Unidos) y coordinador de los equipos multidisciplinarios que llevado a el trabajo.

Trasplantes de córneas resistentes 

La investigación ha analizado la regulación inmunomediada del virus del Zika (ZIKV), el virus del herpes simple 1 (HSV1) y la infección por coronavirus 2 del Síndrome Respiratorio Agudo Severo (SARS-CoV-2) en la córnea humana.

“El Zika se puede transmitir mediante trasplante de córnea en ratones. Sin embargo, en trasplantes de córnea humana, se ha observado  que el Zika no se replica de manera eficiente y que el SARS-CoV-2 no se replica en absoluto”, señala Andrea Santeford, del Departamento de Oftalmología de la citada universidad, que ha participado en este trabajo y que ha analizado las córneas de ratones y de humanos expuestas a los tres virus mencionados.  

Según señala, los datos no concluyen que todas las córneas humanas sean resistentes a la acción del SARS-CoV-2. Sin embargo,” todos los donantes de córnea que se han analizado sí se han mostrado resistentes al SARS-CoV-2, aunque no se puede descartar que un subgrupo de personas sean portadores de córneas en las que sea posible el desarrollo viral”.

La causa que justifica esta hipotética protección se encuentra en un inhibidor que se encuentra en el tejido corneal: el interferón de tipo III (IFN-1) y su receptor (IFN1R1), que se expresan en el epitelio corneal. “El tratamiento de trasplantes de córnea humana con IFN-1 y el tratamiento de ratones con gotas oftálmicas de IFN-1, regula positivamente los genes estimulados por interferón antivírico. En trasplantes de córnea humana, el bloqueo del receptor IFN1R1 mejora la replicación del Zika y del Herpes, pero no del SARS-CoV-2”, indica Santeford.

La acción del receptor del interferón III 

Según Miner,  los datos comparativos señalan que el virus del Herpes simple tipo 1 tiene la capacidad de antagonizar la producción de interferón 1 en la córnea humana, lo que implica que “en el sistema inmunológico la evasión de este inhibidor puede contribuir a la patogénesis de la enfermedad por herpes”.

Además de un papel antiviral para IFN1R1 en la córnea, los resultados del análisis sugieren que la córnea humana no es compatible con la infección por SARS-CoV-2, a pesar de la expresión de ACE2, un receptor del SARS-CoV-2, en el epitelio corneal humano. 

“Su resistencia a la infección por SARS-CoV-2 podría estar regulada por un vía antiviral distinta a la de los otros virus, pero se necesitan estudios más sólidos para comprender mejor todas las vías de transmisión del nuevo coronavirus”, subraya.

La relevancia del trabajo es que, además de ayudar al esclarecimiento de la patogenia de la enfermedad en animales, puede ser la base del diseño de terapias dirigidas hacia el receptor del interferón de tipo III, lo que eventualmente podría “conducir a la administración profiláctica o terapéutica de interferón de tipo III para controlar la infección o amortiguar respuestas inmunitarias destructivas en la córnea”.

#La #conjuntivitis puede ser el primer síntoma en la detección de la #covid-19

Postado em

La conjuntivitis podría convertirse en marcador de covid-19, fenómeno poco estudiado y que se pasaba por alto, según un trabajo del Hospital Clínico de Madrid.

Julián García Feijoó, arriba a la izquierda, junto a Pedro Arriola, arriba a la derecha, con otros mimebros del equipo de Oftalmología del Hospital Clínico de Madrid.
Julián García Feijoó, arriba a la izquierda, junto a Pedro Arriola, arriba a la derecha, con otros mimebros del equipo de Oftalmología del Hospital Clínico de Madrid.

La conjuntivitis ha sido identificada como una de las posibles manifestaciones clínicas del virus SARS-CoV-2, por lo que padecerla podría ser el primer síntoma de haber contraído infección, según los datos de una investigación realizada por el equipo de Oftalmología, que coordina Julián García Feijoó, del Hospital Clínico San Carlos de Madrid. El trabajo  ha evaluado la prevalencia y características clínicas de la conjuntivitis asociada a covid-19 en pacientes ingresados: 301 pacientes en el citado centro con una edad media de 72 años.

Esta es la primera investigación en España que describe las características clínicas de la conjuntivitis en una serie tan amplia de pacientes, cuyos datos se acaban de publicar en  Graefe´s Archive for Clinical and Experimental Ophtalmology.

Pedro Arriola, oftalmólogo del citado centro, señala a DM que la investigación revela una “prevalencia de conjuntivitis del 11,6% en pacientes hospitalizados por Covid-19, en la mayoría de los casos, unilaterales y cuyo tratamiento es sintomático”, hecho que ratifica la oftalmóloga Bárbara Burgos: “uno de cada diez pacientes hospitalizados podría desarrollar conjuntivitis relacionada con Covid-19 durante alguna de las etapas de la misma”.

Primer paso a la identificación

Según el equipo, este hallazgo puede convertirse en una ‘forma de marcador inicial’, en el sentido de que puede ayudar a otros médicos a un diagnóstico precoz de la infección. La conjuntivitis asociada a la covid-19 se puede presentar en uno o ambos ojos, con síntomas como ojo rojo, acompañado de lagrimeo o leve secreción. Suele ser una condición que se resuelve espontáneamente en dos o cuatro días y no se han identificado, por el momento, secuelas visuales ni complicaciones graves asociadas.

En el trabajo se pone de manifiesto que la actual prevalencia de la conjuntivitis entre pacientes con covid-19 puede estar infraestimada, lo que se puede explicar en primer lugar porque pacientes leves, o muy leves, no han sido conscientes de padecer la enfermedad. “Además, por  el desconocimiento de esta sintomatología, especialmente durante el comienzo de la pandemia”.

Virus en lágrima y en secreciones oculares

El equipo de Oftalmología en colaboración con el de Microbiología del mismo centro ha desarrollado también un estudio pionero en Europa sobre 36 pacientes con diagnóstico confirmado de covid-19, en el que se ha tratado de determinar la presencia del virus en la lágrima y en secreciones oculares mediante PCR de muestras oculares.

Los datos, publicados en el Journal of Infection y en Journal Medical Virology, revelarían, “el papel del ojo como posible vía de transmisión de la infección”, según Noemí Güemes, principal autora y oftalmóloga del Clínico.

“El ojo podría actuar también como una vía de propagación de la infección, dada la conexión de la superficie ocular con los aparatos respiratorio y gastrointestinal a través del sistema de drenaje lagrimal, indica la especialista”, quien, sin embargo matiza que, “parece que la PCR de muestras oculares no tiene una alta rentabilidad diagnóstica en la identificación del virus, detectándolo sólo en el 5,5% de los pacientes”.

Estos estudios forman parte de los diez artículos publicados sobre Covid-19 que ha desarrollado el equipo de Oftalmología del Clínico, entre los que también se ha investigado y determinado el perfil de citocinas en lágrima de pacientes con la enfermedad, cuyos datos se han publicado en Experimental Eye Research, o el primer caso clínico descrito de panuveítis y neuritis óptica en una paciente con covid-19.

Sus trabajos tampoco han olvidado los potenciales efectos secundarios y toxicidades oftalmológicas en la retina de algunos de los fármacos empleados para tratar la enfermedad por coronavirus. Previamente, ya se había detectado toxicidad ocular con el uso de diferentes dosis y tiempo de duración para el tratamiento de otras enfermedades, como lopinavir/ritonavir, kaletra, cloroquina o hidroxicloroquina.

Sin embargo, los nuevos datos, obtenidos de 90 pacientes con covid-19 tratados con estos fármacos, ponen de relieve que “no se han encontrado efectos secundarios en el ojo a corto y medio plazo”.