Antes de escrever este texto, fui pesquisar sobre a definição da palavra estresse. Vi muitas definições interessantes. Todas elas reportam basicamente que estresse é uma reação do organismo que se manifesta quando surge a necessidade de uma intensa adaptação a um evento abrupto ou não. O estresse é, de uma certa maneira, positivo, contudo, há um grande problema quando o organismo é exposto a estressores continuamente, impedindo o relaxamento após a esse estado de ameaça.
Entendo que a correlação do estresse entre causa e efeito é lapidada por vários profissionais da área da saúde e afins.
A estranha sensação que tenho com esses anos é que muitas pessoas apresentam-se como seres estressados e sentem até um certo orgulho por isso, levando essa informação a seus pares, nos ambientes corporativos e sociais, sobre o seu sentimento de estresse.
Talvez o interesse na expansão dessa informação esteja enraizado nestes indivíduos pela necessidade de demonstrar a todos o seu alto grau de afazeres e que por isso devem ser valorizados pelos que os cercam.
Para esses indivíduos, o estresse deixa de ser uma reação do organismo e passa a ser um status social.
Chamo atenção para dois pontos que acredito serem relevantes diante dessa ação:
1º. Para o indivíduo “estressado”: o não reconhecimento dos sentimentos de cansaço e estresse. De uma maneira simplificada, cansaço é o resultado de um esforço intenso, por exemplo, aparar toda a grama do seu jardim, já o estresse negativo resulta do esforço sem sentido, causando no indivíduo desconforto físico e mental.
2º. Para os que cercam o indivíduo “estressado”: o perigo da propagação “ingênua”, informando a todos que está “estressado”, pode gerar um efeito dominó de caráter negativo, isto é, transformar o ambiente que vive, tanto corporativo quanto social, em um lugar de extrema inquietude, proporcionando conflitos, muitas vezes, desnecessários naquele ambiente.
Possivelmente, há maneiras de contornar a formatação desse quadro negativo para esse indivíduo “estressado”.
Através das mudanças de objetivos de vida, alterando suas crenças de como enxerga a si e ao mundo, bem como, uma análise laboratorial da sua fisiologia, constatando possíveis anormalidades nutricionais e/ou hormonais, podem auxiliar para uma melhora na qualidade de vida tanto do indivíduo “estressado” quanto naquelas pessoas que estão próximos dele.