Mês: maio 2019

#Formam-se novos neurónios até depois dos 90 anos de idade

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Fonte de imagem: MIT News

A formação de novos neurónios, conhecida como neurogénese, ocorre até depois dos 90 anos e em cérebros com défice cognitivo e até com doença de Alzheimer, demonstrou um novo estudo.

Conduzido por uma equipa de investigadores liderada por Orly Lazarov, docente de anatomia e biologia celular na Faculdade de Medicina da Universidade de Chicago, EUA, o estudo teve como base a análise de tecidos de 18 cérebros de pessoas falecidas com idades entre os 79 e os 99 anos. A média de idades dos cérebros era de 90,6 anos.

A equipa procurou células estaminas neurais e neurónios recém-desenvolvidos nos tecidos. Como resultado, foram detetadas, em média, 2.000 células estaminas neurais em cada cérebro. Foram ainda identificados, em média, 150.000 neurónios em desenvolvimento em cada cérebro analisado.

A análise de um subgrupo dos neurónios em desenvolvimento revelou que o número de neurónios em desenvolvimento era significativamente inferior nos cérebros de pessoas com défice cognitivo e com doença de Alzheimer, em relação às que tinham uma função cognitiva normal.

Contudo, “o interessante é que observámos alguns neurónios novos nos cérebros de pessoas com a doença de Alzheimer e com incapacidade cognitiva”, disse Orly Lazarov.

A investigadora indicou ainda que as pessoas que tinham tido melhores pontuações em medições da função cognitiva possuíam uma maior quantidade de novos neurónios em desenvolvimento, em relação às que tinham tido piores pontuações, independentemente dos níveis de patologia cerebral.

Orly Lazarov considera que os níveis mais reduzidos de neurogénese no hipocampo estarão associados a sintomas de declínio cognitivo e de menor plasticidade sináptica, e não com o grau de patologia cerebral.

A ideia de continuarem a formar-se novos neurónios após a meia-idade, sem falar após a adolescência, é controversa pois estudos anteriores ofereceram resultados contraditórios.

A autora está muito entusiasmada com estes resultados pelas possibilidades terapêuticas que oferecem: “o facto de termos descoberto que estão presentes células neurais estaminais e neurónios novos no hipocampo de idosos significa que poderemos conseguir desacelerar ou prevenir o declínio cognitivo nos idosos, especialmente quando este começa, que é quando as intervenções podem ser mais eficazes”, concluiu.

BancodaSaúde

#Exercício de alta intensidade pode reparar função cardíaca em diabetes de tipo 2

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Fonte de imagem: The Mindfulness

Um estudo recente revelou que a prática de exercício físico de alta intensidade pode reduzir e até reverter a perda da função cardíaca causada pela diabetes de tipo 2.

Para o estudo, que foi conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, foram recrutados 16 voluntários adultos com diabetes de tipo 2.

11 dos participantes seguiram um regime de treino intervalado de alta intensidade (HIIT, na sua sigla em inglês), durante um período de três meses, e os restantes cinco, os controlos, não receberam intervenção.

O regime de HIIT envolve intervalos curtos de treino com esforço perto do máximo aeróbico (superior a 90%), como subir escadas ou corrida rápida, separados por intervalos de exercício físico de intensidade moderada, como caminhada rápida.

Os participantes praticavam 10 minutos de atividade física de alta intensidade, num período de treino total de 25 minutos.

Foi apurado que os três meses de HIIT fizeram melhorar a função cardíaca nos participantes, sem ter havido qualquer alteração alimentar ou na medicação que tomavam.

“A nossa investigação descobriu que o exercício a uma intensidade suficientemente elevada poderá proporcionar um controlo da glicemia de baixo custo, prático para reverter ou reduzir a perda da função cardíaca causada pela diabetes de tipo 2”, concluiu Genevieve Wilson, investigadora que conduziu o estudo.

A autora lembrou que a incidência da diabetes de tipo 2 continua a aumentar globalmente e que as doenças cardiovasculares constituem a causa principal de morte nos pacientes com a doença.

#Quais os perigos do slime caseiro para as crianças?

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slime

Quais os perigos do slime caseiro para as crianças?

 

Recentemente, o caso de uma menina de 12 anos internada em São Paulo por intoxicação exógena após brincadeira com slime repercutiu em diferentes noticiários e redes sociais1. A criança estava internada por mais de uma semana com um quadro de gastroenterite associada a um aumento de linfonodos. Os exames complementares não constatavam alterações e o médico, segundo a mãe da criança, desconfiou dos slimes que a menina produzia no quarto do hospital, concluindo que o quadro clínico da criança era atribuído a uma intoxicação por ácido bórico1. Contudo este não é um caso isolado

O que é slime?

Slime é uma palavra inglesa cujo significado mais formal é “lodo”, “lama viscosa” ou “substância gelatinosa”2. Em tradução livre quer dizer “gosma” ou “baba”1. O slime é um modismo atual que se tornou popular entre crianças e adolescentes em diversos países. O preparo do slime caseiro diverte tanto quanto brincar com ele e existem diversos tutoriais disponíveis online para cria-lo com diferentes texturas e aparências3,4. O slime caseiro é semelhante a produtos industrializados (Amoeba®, Geleka®) e é feito à mão por crianças. No entanto, sua preparação é baseada, muitas vezes, em uma mistura de itens, como cola de polivinil acetato (a cola branca de escola), água e ácido bórico (H3BO3), também conhecido como borato de sódio ou bórax.

O bórax age como um “ativador” que se combina com moléculas de cola na água para formar ligações fracas. As moléculas então se movem juntas, mas não endurecem, tornando-se um polímero elástico. A receita básica pode ser aprimorada pela adição de outros compostos para obter variadas densidades e efeitos de cores. Algumas adições comuns são espuma de barbear (que deixa o slime “fofo”), detergentes, soluções para lentes de contato, bem como corantes, esmaltes e glitter3,4,5,6,7. Infelizmente, acidentes durante o preparo caseiro dos slimes, principalmente com o bórax, envolvendo ingestão, inalação ou contato, foram relatados recentemente, e a gravidade varia de acordo com o conteúdo e/ou a quantidade do produto7.

Perigos do Bórax

O bórax é encontrado no ambiente e pode estar presente naturalmente em alimentos (como frutas e legumes) e água potável. No entanto, inúmeros produtos o apresentam em sua composição, não apenas os slimes, mas também pesticidas, produtos de limpeza, materiais de artesanato, cosméticos, produtos químicos para piscinas e medicamentos8.

Relatos de intoxicação infantil pelo bórax eram comuns na literatura médica antes de 1975. No entanto, um declínio no seu uso como agente bacteriostático, juntamente com um aumento no controle regulatório, quase eliminou as intoxicações por ingestão acidental. O Anexo I (Parte I, Item 8) da Hazardous Products Act of Canada (Lei de Produtos Perigosos do Canadá), proclamada no final dos anos 60, seguiu-se à preocupação com o envenenamento acidental e proibiu seu uso em brinquedos. Desde então, o conhecimento científico aumentou e levou a uma reavaliação do perigo associado ao bórax4.

Recente avaliação de risco do bórax pela agência nacional de saúde canadense Health Canada descobriu que a exposição excessiva ao bórax tem o potencial de causar efeitos no desenvolvimento e na saúde reprodutiva. Como os canadenses já estão expostos ao bórax naturalmente por meio de suas dietas e água, a Health Canada recomenda que a exposição por meio de outras fontes seja reduzida o máximo possível, especialmente para crianças e gestantes. A preocupação não é com qualquer produto, mas com múltiplas exposições de uma variedade de fontes. Atualmente, a Health Canada está aconselhando os canadenses a evitar o uso do bórax em projetos de artes e brinquedos, como slimes ou modelagem de argila, e desaconselha a fabricação de pesticidas caseiros com bórax8.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou recente comunicado alertando que o bórax vem sendo usado e vendido inadequadamente como ativador do slime. O uso do bórax com esta finalidade não é regulamentado pela Anvisa, inclusive a agência proibiu, em 2002, a comercialização de um brinquedo conhecido como “Meleca Louca” exatamente devido à presença do bórax.

Portanto, seu uso deve ser restrito aos fins autorizados (como na composição de fertilizantes, produtos de limpeza e determinados medicamentos) e nas doses recomendadas pelas autoridades competentes. Trata-se de um produto químico, não devendo ser manipulado por crianças. Se inalado ou ingerido, pode causar intoxicação e levar às seguintes manifestações clínicas: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com coloração esverdeada/azulada, cianose de extremidades ou central, hipotensão, perda de consciência e choque cardiovascular9.

Além disso, o contato manual com esses ingredientes utilizados para o preparo do slime caseiro e/ou produto final pode causar reações adversas na pele, como dermatite de contato. A gravidade pode variar de acordo com o produto manipulado e a duração da exposição7. Alergênicos e irritantes são mais propensos a causar dermatite em concentrações mais altas, com uso prolongado ou quando a barreira cutânea está comprometida. As manifestações clínicas incluem eritema, descamação, vesículas e, em casos mais crônicos, distrofia ungueal, incluindo onicomadese4.

Com o contato repetido, pode haver sintomas persistentes de edema, sensação de formigamento e vermelhidão. O bórax tem um pH de 9,0, portanto, pode causar uma queimadura alcalina5. Além disso, a cola contém acetato de polivinila, um plástico incompleto, e pode conter metilcloroisotiazolinona e metilisotiazolinona, dois alérgenos de contato bastante conhecidos3. Outros alérgenos de contato conhecidos também são encontrados na espuma de barbear, nas soluções para lentes de contato e em detergentes líquidos usados no preparo dos slimes, como o lauril sulfato de sódio, miristamidopropil dimetilamina e propilenoglicol3.

Precauções

Algumas precauções devem ser tomadas pelos pais no intuito de evitar complicações relacionadas ao bórax em crianças8:

  • Usar receitas caseiras para slime que não contenham o bórax;
  • Verificar o rótulo de produtos para termos como “bórax” e “ácido bórico”. Você também pode entrar em contato com o fabricante para saber se seus produtos contêm ácido bórico;
  • Seguir todas as instruções sobre produtos de limpeza. Armazenar os produtos de limpeza fora da visão e do alcance das crianças;
  • Descarte os produtos químicos corretamente com base nas instruções do fabricante8.

A Anvisa recomenda as seguintes medidas em caso de suspeita de intoxicação pelo bórax9:

  • Não provocar vômitos;
  • Não ingerir água, leite ou qualquer outro líquido.
  • Contactar o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) local. Se recomendado pelo atendente do centro, procurar atendimento médico com urgência9.

PEBMED

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Referências:

  1. G1. Mãe diz que filha foi internada em SP após brincar com “slime” e ficar intoxicada. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/23/mae-diz-que-filha-foi-internada-apos-brincar-com-slime-e-ficar-intoxicada.ghtml. Acesso em: 25 de maio 2019.
  2.  MERRIAM WEBSTER DICTIONARY. Slime. 2019. Disponível em: https://www.merriam-webster.com/. Acesso em: 25 de maio 2019.
  3. GITTLER, J. K.; GARZON, M. C.; LAUREN, C. T. “Slime” May Not be so Benign: A Cause of Hand Dermatitis. Journal of Pediatric, v.200, p.288, 2018.
  4. CRAAN, A. G.; MYRES, A. W.; GREE, D. W. Hazard assessment of boric acid in toys. Regulatory Toxicology and Pharmacology, v.26, n.3, p.271-280, 1997.
  5. ASHER, C.; DALAN, R.; ALY, M. I. “Home-made slim”: A novel cause for paediatric burns referrals; do we need to raise awareness? Burns, v.44, n.6, p.1613, 2018.
  6. ZHANG, A. J. et al. Allergic contact dermatitis to slime: The epidemic of isothiazolinone allergy encompasses school glue. Pediatric Dermatology, v.36, n.1, p.e37-e38, 2019.
  7. PIAZZA, C. D.; CESTARI, S. C. P. Contact dermatitis from Do-It-Yourself slime. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.93, n.6, p.944, 2018.
  8. HEALTH CANADA. Information Update – Health Canada advises Canadians to avoid homemade craft and pesticide recipes using boric acid, 2016. Disponível em: http://healthycanadians.gc.ca/recall-alert-rappel-avis/hc-sc/2016/59514a-eng.php#you-vous. Acesso em: 26 de maio 2019.
  9. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Ingrediente de slime pode causar intoxicação. 2019. http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/geleca-caseira-pode-conter-substancia-prejudicial/219201?fbclid=IwAR0NC2MibDJEeLRz52IKFw9ur-DgVTb9_EYDXM4VRXcwKxp4IopzPf4s47Q. Acesso em: 26 de maio 2019.

#Dia Mundial Sem Tabaco: fumar duplica risco de morte súbita em bebês

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Dia Mundial Sem Tabaco

Dia Mundial Sem Tabaco: fumar duplica risco de morte súbita em bebês

Hoje é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. É importante lembrar nesta data que é papel dos profissionais de saúde alertar todas as gestantes sobre os graves riscos que o tabagismo traz para a saúde da mãe e do bebê.

Um estudo publicado recentemente surge como um alerta importante para as gestantes fumantes. Recém-nascidos de mulheres que fumaram um ou mais cigarros por dia durante a gestação tiveram mais que o dobro do risco de morte súbita, em comparação com aqueles cujas mães não fumaram. E esse risco aumentou a cada cigarro, como mostra o estudo coordenado pela médica Tatiana M. Anderson do Center for Integrative Brain Research, do Seattle Children’s Research Institute, em Washington, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado online em abril deste ano, no periódico Pediatrics.

Segundo os resultados, o índice de risco de morte súbita nos bebês caiu quando as mulheres reduziram a quantidade de cigarros ou pararam de fumar. Em comparação com as gestantes que não reduziram a quantidade de cigarros durante a gestação (mais da metade), os bebês das mães que o fizeram por volta do terceiro trimestre tiveram uma pequena queda (17%) do risco de morte súbita. E os bebês das gestantes que pararam de fumar no terceiro trimestre apresentaram uma redução ainda maior (23%) do risco.

Os pesquisadores analisaram dados estatísticos de 20.685.463 nascimentos e 19.127 casos de morte súbita, ajustando os critérios para raça e/ou etnia/origem de mãe e pai, idade da mãe e do pai, estado civil da mãe, escolaridade da mãe, ordem de nascidos vivos, número de consultas pré-natais, idade gestacional em semanas, tipo de parto, sexo do recém-nascido e peso ao nascer.

Vale destacar que a morte súbita inclui a síndrome da morte súbita do lactente, sufocação e estrangulamento acidentais no leito e causas mal definidas.

Comparado com recém-nascidos de mães não fumantes, o índice de risco de morte súbita e inesperada foi mais que o dobro para recém-nascidos de mães que relataram ter fumado durante a gestação.
O risco foi quase duas vezes maior com um cigarro fumado por dia, e aumentou linearmente até o patamar de 3,17 para as que fumaram um maço inteiro (20 cigarros) por dia.

“Essa correlação foi similar para cada trimestre quando modelada independentemente, mas o número médio de cigarros nos três trimestres juntos teve o maior poder preditivo”, explicaram os pesquisadores. Os resultados do estudo indicam que “os esforços de cessação do tabagismo podem ter um impacto maior na diminuição das taxas de morte súbita e inesperada quando direcionadas a pessoas que fumam menos de um maço por dia, em vez das que fumam mais de 20 cigarros por dia, que são os alvos mais tradicionais das campanhas”.

Mais da metade (55%) das mães que fumaram durante a gestação continuaram a fumar a mesma quantidade de cigarros que fumavam antes da gestação. Em média, aquelas que pararam de fumar no começo do terceiro trimestre (20%) reduziram o número de cigarros fumados durante toda a gestação em 58%, e as que reduziram o fumo no terceiro trimestre reduziram o número de cigarros em 33%. Esta foi uma “redução mensurável”, segundo os pesquisadores.

Em comparação com as gestantes que continuaram a fumar, o risco de morte súbita e inesperada foi ligeiramente menor no grupo que reduziu a quantidade de cigarros, mas a maior redução no risco foi observada no grupo que parou de fumar.

Dia Mundial Sem Tabaco

Na comparação com mulheres que não fumaram durante a gestação ou nos três meses anteriores, o risco de morte súbita e inesperada aumentou progressivamente nas mães que fumaram e pararam antes da gestação, naquelas que não fumavam antes, mas fumaram durante a gestação e nas que fumavam antes e durante a gestação.
Para aquelas que somente fumaram antes da gestação, a quantidade de cigarros não pareceu ter efeito sobre o risco de morte súbita e inesperada.

Os pesquisadores acreditam que as estimativas de tabagismo provavelmente são conservadoras porque não avaliaram a exposição ambiental ao fumo durante o pré-natal e o pós-parto, ou o tabagismo paterno, que é um fator conhecido para o risco de morte súbita e inesperada. Além disso, as estimativas de tabagismo dependem dos relatos das mulheres, que podem ter preferido não revelar o seu status de fumante.

“Estimamos que as taxas de morte súbita e inesperada nos Estados Unidos poderiam ser reduzidas em 22% se nenhuma mulher fumasse durante a gestação”, concluem os pesquisadores.

PEBMED

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Referências:

Diferença entre fertilização in vitro e inseminação intra uterina. FIV vs IIU.

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Dicas de saúde



Dra Juliana Amato (CRM 106072) explica a diferença entre fertilização in vitro e inseminação intra uterina. FIV vs IIU. Alta vs baixa complexidade. O que é a fertilização in vitro (FIV)? Em quais situações o método é aplicável? A FIV pode ajudar a engravidar? A fertilização “in vitro”, também conhecida como bebê de proveta, é a união do espermatozóide com o óvulo no laboratório, formando o embrião que posteriormente será transferido para a cavidade uterina. Intrauterine Insemination (IUI), Inseminação Intra Uterina (IIU), Inseminação in vitro O procedimento consiste na introdução do esperma capacitado dentro da cavidade uterina da mulher quando ocorre a ovulação. É utilizada quando o volume ou a concentração dos espermatozóides não são suficientes ou quando a mobilidade dos gametas decresce. Esta técnica também pode ser usada quando o muco cervical apresenta problemas. Em geral, neste procedimento, recomenda-se também o estímulo da ovulação na mulher como forma…

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Quais são as novidades no tratamento da doença de Alzheimer?

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Alzheimer

Quais são as novidades no tratamento da doença de Alzheimer?

 

Um esforço enorme foi dedicado pela comunidade de pesquisa para aprofundar nossa compreensão das complexidades da doença de Alzheimer. O conhecimento de que os processos patológicos começam muitos anos antes dos sintomas clínicos destacou a importância da identificação de um medicamento modificador da doença que pode ser administrado nos estágios iniciais da doença, isto é, no comprometimento cognitivo leve (CCL).

Há um otimismo cauteloso de que essas lições levarão a um teste de tratamento na próxima década. Como tal, é necessário concentrar-se na preparação dos sistemas médicos para rastrear, diagnosticar e administrar uma terapia às pessoas em risco ou com o CCL caso ocorra um avanço na oferta do tratamento.

Pesquisas sobre  tratamento do Alzheimer

Nesse contexto, os pesquisadores da RAND Corporation (Reserach And Development) elaboraram um relatório que avalia a preparação da Europa neste sentido. O documento analisa a prontidão da França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido para enfrentar um aumento na demanda por triagem e tratamento.

Em seu modelo de simulação, eles assumiram que um tratamento farmacológico capaz de prevenir ou retardar a demência da doença de Alzheimer, que será administrada por via intravenosa, estará disponível em 2020. Com base nessa suposição, o relatório estima que a incapacidade de aumentar a capacidade de infraestrutura sistemas de saúde nesses países podem significar que mais de 1 milhão de pessoas com CCL devido à doença de Alzheimer podem avançar na demência enquanto aguardam avaliação e tratamento.

Antes de tomar uma visão tão sombria, deve-se notar que esta previsão é baseada no cenário de pior caso, modelado em nenhuma alteração sendo feita aos sistemas de cuidados de saúde atuais. No entanto, o quadro europeu para a investigação e cuidados da doença de Alzheimer está a evoluir, principalmente com a criação de infraestruturas integrando investigação e gestão clínica e ferramentas, incluindo registos e grupos de preparação (por exemplo, o Consórcio Europeu de Prevenção do Mal de Alzheimer).

O principal objetivo desses registros é combinar candidatos possíveis a ensaios clínicos, mas essa abordagem também poderia abrir caminho para uma avaliação sistemática das pessoas em risco que seriam então direcionadas para abordagens terapêuticas específicas.

Medidas de amiloide no líquido cefalorraquidiano (LCR) e no cérebro com tomografias por emissão de pósitrons (PET) são agora amplamente utilizadas para diagnóstico em centros de pesquisa e centros terciários na Europa. No entanto, a avaliação sistemática também será facilitada pelo desenvolvimento de um teste de sangue amiloide, para ser usado em contextos clínicos.

Se o exame de sangue foi positivo, mas não pôde ser confirmado com análise do LCR ou PET, então a pessoa poderia ser convidada a retornar para exames de sangue nos anos subsequentes. Essa abordagem poderia potencialmente melhorar a acessibilidade e a disponibilidade da triagem, já que qualquer pessoa de uma certa idade com preocupações com a memória, assim como aquelas que estão em risco, mas cognitivamente saudáveis, pode ser avaliada anualmente.

O que diz o relatório RAND?

Outro pressuposto importante do relatório da Corporação RAND foi que, no cenário de uma cura disponível, todos os indivíduos com 55 anos ou mais se tornarão elegíveis para a triagem cognitiva, o que reflete os critérios de inclusão etária dos mais promissores ensaios de fase inicial na doença de Alzheimer. Mas o campo está se movendo em direção a uma definição biológica da doença de Alzheimer, em vez de clínica, e, portanto, o foco deve ser o rastreamento de pessoas em risco nesta idade e possivelmente mais jovens, pelo uso de biomarcadores de patologia.
É importante ressaltar que o relatório enfatizou o papel do atendimento especializado.

Embora os serviços de atenção primária à saúde possam (e fazem, em alguns países, como a Suécia) integrar suas atividades aos serviços de atenção secundária e terciária, a suposição de que qualquer novo medicamento necessitará de administração intravenosa provavelmente impedirá que o tratamento seja dado em uma instituição primária. Embora os tipos de especialidades envolvidas nesta área clínica variem dentro dos países da Europa, com os incentivos adequados, essa integração pode se tornar mais disseminada. Segundo o texto algumas medidas poderiam ser realizadas como por exemplo, os médicos de cuidados primários da saúde podem realizar parte do diagnóstico de alterações cognitivas em pessoas pré-definidas em risco, como também treinar enfermeiras para realizar punções lombares, que são mais baratas que PET scans.

Conclusão

Um grupo de economistas da saúde e outras partes interessadas relevantes deve ser convocado para considerar essas potenciais eficiências no contexto do custo de diferentes terapias e discutir com as empresas farmacêuticas como maximizar a acessibilidade e a disponibilidade de medicamentos emergentes.

Muitos desafios estão à frente, mas não devem ser motivo de desânimo. Agora é a hora de começar a desenvolver as soluções para apoiar a disponibilidade e a acessibilidade de terapias efetivas de prevenção e de modificação de doenças para a demência da doença de Alzheimer.

 

PebMed

Autor:

Neuropsicóloga

Referências:

#New drug “Metavert” blocks growth of pancreatic cancer in mice

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Scientists in California have discovered that a newly developed drug prevents pancreatic cancer in lab mice.

pancreatic cancer

The study, led by non-profit health science centre Cedars-Sinai, also demonstrated in mice that the drug, called Metavert, may prevent patients from developing a resistance to currently used pancreatic cancer chemotherapies.

Commenting on the potential impact of their findings, study lead author Mouad Edderkaoui PhD, assistant professor of Medicine and Biomedical Sciences at the Samuel Oschin Comprehensive Cancer Institute at Cedars-Sinai, said: “This is an exciting step toward improving survival rates in pancreatic cancer patients.

If the results are confirmed in humans, we could have a drug with the potential to significantly extend the lives of patients with pancreatic ductal adenocarcinoma (PDAC), which is very difficult to treat.”

Pancreatic cancer is the third-leading cause of cancer-related death in the United States, according to the American Cancer Society. This year, around 55,000 people in the U.S. will be diagnosed with the disease and more than 44,000 will die, making it one of the most deadly cancers. The pancreatic cancer five-year survival rate is only 7%.

95% of pancreatic cancer patients are diagnosed with PDAC, which develops from cells that line small tubes in the pancreas. PDAC can be difficult to treat because the cancer cells prompt normal cells that reside in the pancreas – called stellate cells – to produce pancreatic scar tissue. Scar tissue makes it difficult for chemotherapy agents and blood to enter the pancreas, explained the senior author of the study, Stephen J. Pandol MD, director of Basic and Translational Pancreas Research at Cedars-Sinai.

The cancer-stellate cell interaction also creates an environment that stimulates local tumour growth as well as cancer that spreads to distant sites in the body, said Pandol, a professor of Medicine at Cedars-Sinai. Additionally, the activity levels of certain enzymes increase significantly, which fuels resistance to cancer treatments.

“I’ve seen patients who respond to therapy for a while, and then the disease takes off because the cancer becomes smart – it blocks chemotherapy from working,” Pandol said. “Metavert targets that action.”

Over a four-year period, the investigators designed and synthesised new chemicals that inhibit cancer cell activity. They discovered that Metavert blocked drug resistance and also significantly boosted the positive effects of radiation and two chemotherapy agents commonly used in humans. In one of the mouse studies, Metavert increased the survival rate by about 50%.

According to Pandol, the investigators are currently developing a version of the drug to test in humans.

The study was published in the journal Gastroenterology.

 

Drug

# IMUNOTERAPIA PARA O TRATAMENTO DO CANCRO

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Resultado de imagem para imunoterapia no tratamento do cancer

 

A incidência de cancro continua a aumentar. A medicina tem dado saltos qualitativos assinaláveis e uma abordagem transversal da patologia oncológica oferece uma perspetiva mais positiva. O progresso na disponibilização de terapêuticas mais eficazes tem sido notório nas últimas décadas. Uma das novidades no campo da terapêutica tem sido a imunoterapia aplicada à oncologia, com a aprovação de novas moléculas a suceder-se a um ritmo acelerado e a alterar o paradigma do tratamento do cancro.

O CANCRO E O SISTEMA IMUNOLÓGICO
A imunidade sempre foi tida como uma espécie de escudo que nos protege de elementos estranhos ao organismo. As anomalias genéticas que surgem nas células malignas são reconhecidas pelo sistema imunitário que monta uma resposta destrutiva da maioria das células tumorais, impedindo assim a progressão do cancro. Em 2011, na revista Cell, Hanahan D. E Weinberg RA. publicaram Hallmarks of cancer: the next generation, um trabalho do qual sobressaíram dois conceitos inovadores: o facto de o tumor conseguir evitar a sua própria destruição pelo sistema imunológico do hospedeiro e a particularidade de o tumor usar o sistema imunológico a seu favor.

A IMUNO-ONCOLOGIA
A Imuno-Oncologia estimula o próprio sistema imunitário para combater o cancro e desenvolve estratégias para impedir que o tumor iniba o sistema imunitário. Com mecanismos de ação distintos dos tratamentos convencionais, tais como a quimioterapia e a radioterapia, a imunoterapia oncológica é um caminho que está a ser percorrido com sucesso uma vez que permite que um grupo de doentes com determinadas neoplasias consiga manter a doença controlada ao longo de vários anos com melhor qualidade de vida. Esta terapêutica é: – muito importante para os profissionais de saúde, mas ainda mais para os doentes; – a arma terapêutica da próxima década; – assumidamente uma grande esperança; – um caminho para grandes vitórias.

O futuro nesta área apresenta-se estimulante pela possibilidade de podermos definir duas impressões digitais: uma que permita o diagnóstico mais precoce do cancro; e a outra que nos permite conhecer a situação imunológica de um determinado indivíduo, num dado momento e perceber quais são as suas fragilidades e as suas forças, anulando as primeiras e estimulando as segundas.

A Imuno-Oncologia veio precisar a chamada medicina de precisão, no entanto, a imunoterapia traz consigo novos desafios, nomeadamente no que respeita ao perfil de toxicidade, à avaliação da resposta ao tratamento e à identificação de biomarcadores que ajudem a eleger o doente certo para o tratamento certo.

 

Dr.ª Camila Coutinho , Oncologista 

 

 

#Génétique et #séquence d’ADN de nouvelle génération en #cardiologie pédiatrique : jusqu’où ne pas aller trop loin ?

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Stanyslas LYONNET et coll.*, Hôpital universitaire Necker-Enfants Malades, Paris

La génétique est une discipline récente même si ses racines sont profondément ancrées dans nos mythologies collectives et familiales. Une accélération révolutionnaire des connaissances dans ce champ de la science est pourtant en train de se produire, depuis le début des années 2000, un siècle seulement après la redécouverte des lois de Mendel. Les données tirées des séquençages de l’ADN de nombreuses espèces ont déjà bouleversé la conception que nous avions de notre génome, de son façonnage par l’évolution, et même de l’influence et des empreintes que peuvent y laisser notre histoire biologique (épigénétique). Et voilà qu’il est, ou sera bientôt, possible d’étudier la séquence de la totalité de l’ADN constituant le génome d’une personne, cela pour quelques centaines d’euros !

Cette perspective est enthousiasmante, notamment en termes de recherche et de compréhension des liens entre nos génomes et nos maladies : utiliser la génétique et l’hérédité pour mieux comprendre, mieux prendre en charge et même espérer traiter des maladies génétiques de l’enfant, individuellement très rares, mais qui touchent collectivement des centaines de milliers d’entre eux.
Pourtant, dans le même temps, cette révolution génomique n’est pas sans poser d’importantes questions, notamment lorsqu’il s’agit « de ne pas aller trop loin » ; en toute situation, et tout particulièrement lorsqu’il s’agit de génétique prénatale !

Variabilité génomique

Ainsi, c’est avant tout l’extraordinaire variabilité de la séquence de nos ADNs (et non de notre ADN) qui ne cesse de nous surprendre. Si nous partageons globalement le même génome (6 milliards de nucléotides répartis entre 23 paires de chromosomes), ce génome dit « de référence » comporte en effet de très légères, mais extrêmement nombreuses variations entre chaque individu. Deux regards faussement contradictoires peuvent alors être portés sur notre ADN : nos milliards de nucléotides sont extraordinairement identiques (à 99,9 %), et en même temps, les différences observées entre deux personnes prises au hasard sont gigantesques (3,2 millions variants ponctuels ou SNP) même si elles ne concernent donc que 0,1 % de l’ensemble. Il en va de même pour les variations de nombre de copies d’ADN (Copy number variations ou CNV), de taille > 500 kb, et dont les différences entre deux individus non apparentés représentent près de 10 % du génome. On voit que ce que l’on a bien voulu appeler un programme génétique n’est donc qu’un très vague consensus, dont les variations communes et les altérations sont à rapprocher de la variabilité de l’expression de nos gènes et donc des phénotypes qui leur sont associés.

Face à cette situation, le principal objectif de la génétique médicale reste de comprendre la façon dont ces différences génomiques expliquent et échafaudent l’architecture génétique de nos maladies. Et l’un des tous premiers champs concernés est celui des malformations congénitales et des maladies rares. Pour elles, on observe parfois une agrégation de plusieurs malades dans une même famille selon les modes traditionnels de l’hérédité mendélienne, même si beaucoup de cas surviennent après une mutation nouvelle, permettant de rappeler ici que nombre de maladies génétiques ne sont pas héritées des parents (mutations de novo) : génétique et héréditaire ne sont pas synonymes.

Pourquoi identifier des gènes associés à des pathologies ?

Si, dans ce domaine, les succès de la médecine génétique sont encourageants, plus que jamais, les difficultés demeurent, le plus souvent liées à deux dimensions très sous-estimées de la génétique : la variabilité (on l’a vu plus haut), et son corollaire l’hétérogénéité. Ainsi, la mutation responsable d’une même maladie peut se produire dans des gènes différents selon les familles (hétérogénéité de locus) ; et, à l’inverse, des altérations d’un même gène peuvent conduire à des phénotypes différents, par exemple une prédisposition au cancer ou une malformation congénitale, suivant la nature de la mutation en cause.
Et pourtant, l’identification des gènes responsables de malformations congénitales et de maladies rares reste absolument indispensable :
– de par son évident bénéfice diagnostique aboutissant, notamment, à limiter ou terminer les investigations, et mettre fin à l’errance ;
– en vue de la constitution de cohortes homogènes de patients correctement phénotypés et génotypés, préalable évident à toute étude de corrélation, mais préalable tout aussi essentiel à l’inclusion dans d’éventuels essais thérapeutiques ;
– comme prémices de toute étude physiopathologique, notamment au développement de modèles animaux ou cellulaires ;
– comme fondement de toute démarche de conseil génétique (analyse des apparentés, diagnostic prénatal, voire diagnostic préimplantatoire) ;
– et, enfin, comme ouverture d’options thérapeutiques innovantes, non seulement spécifiques de gènes, mais aussi spécifiques de mutations ou de mécanismes mutationnels.

C’est pour ces raisons que ce champ de la médecine a déjà, et va continuer, de bénéficier des progrès récents et inouïs en matière de séquençage automatisé de l’ADN. Ce séquençage de nouvelle génération (séquence à haut débit par capture de gènes, ou encore NGS pour Next generation sequencing) s’impose désormais comme méthode de référence et de progrès.
Il se décline actuellement en trois dimensions :
– séquençage complet du génome ;
– exome ou séquençage de l’ensemble des gènes codant pour des protéines (nos 22 000 gènes codants), ainsi que de nombreux ARNs non codants (microARNs notamment) ;
– séquence de panels de gènes, approche plus restreinte visant à analyser un groupe de gènes par capture ciblée.

Les techniques de séquençage

Si l’étude du génome complet est encore assez éloignée des applications cliniques, il s’en rapproche pourtant, ne serait-ce que dans le cadre du diagnostic prénatal non invasif des trisomies par étude sur sang maternel, et très bientôt par sa mise en œuvre dans le contexte de l’ambitieux plan France médecine génomique 20 25, qui va s’appuyer sur des plates formes nationales ayant pour prestation majeure la réalisation de séquences de génomes complets en trio (un enfant et deux parents), dans le domaine des maladies génétiques rares, et de séquences de génomes complets de patient et sa tumeur, dans le contexte de la cancérologie et l’oncogénétique.
Des difficultés majeures compliquent cette approche : bonnes indications, interprétation, détection des variants de structure, projet médico-économique, et même stockage des données.
Les deux autres approches ont des avantages et inconvénients contrastés.

L’analyse de panels de gènes a bien sûr une envergure restreinte puisque ne sont investigués que les gènes préalablement inclus dans le panel. La principale critique faite à cette méthode étant évidemment la limitation a priori des gènes analysés. En revanche, celle-ci garantit la capacité de valider des résultats dans la mesure où seuls figurent sur ces panels des gènes déjà connus pour être responsables des phénotypes testés et écarte les découvertes incidentes.

Le séquençage d’exome est en revanche et par essence bien plus complet que les études de panels, mais il souffre encore aujourd’hui, à notre sens, de trois ordres de difficultés :
– son coût et son organisation méthodologique, qui sont en core du ressort de quelques plates formes nationales ou institutionnelles, ou d’entreprises privées ;
– l’interprétation et la validation des résultats puisque, à titre d’exemple, le nombre moyen de variants rares identifiés dans l’exome d’un individu est de l’ordre de 20 000. L’enjeu de la bioinformatique est donc absolument crucial dans la mise en œuvre d’une telle stratégie ;
– enfin, le fait d’avoir à disposition des variants génomiques dans des gènes qui n’ont rien à voir avec la question médicale posée par les patients et les familles, ce qui soulève le problème des découvertes faites « en passant » (données secondaires ou incidentes) et pose de délicates questions de l’ordre du consentement, de l’information et de l’éthique.
Pourtant, dans des domaines bien définis, où les panels sont rapidement dépassés par l’accumulation rapide des gènes candidats et/ou validés, et où le rendement diagnostique de ces panels est donc faible (< 30 %), alors l’indication de « l’exome clinique » nous semble pertinente. Il s’agit clairement des syndromes polymalformatifs et des déficiences intellectuelles syndromiques ou non. Une expérience pilote de ce type a eu lieu à l’institut Imagine et l’hôpital Necker-Enfants malades, dans ces deux domaines, avec un rendement diagnostique de 46 % !

Une exploration en 2 temps

Conscients de cette difficulté d’organisation stratégique, il est possible d’imaginer le développement de ces méthodes en deux temps, consécutifs :
• analyse de panels de gènes pour inclure :
– « Les bons malades », c’est-à-dire les patients soigneusement sélectionnés par des staffs pluridisciplinaires, comme ceux des centres de référence maladies rares dans chaque domaine de pathologies, dans l’analyse des « bons gènes », c’est-à-dire des gènes déjà validés par la littérature ou l’expérience des équipes de recherche et qui méritent donc d’être testés dans le cadre d’un phénotype particulier,
– et avec « la bonne interprétation », c’est-à-dire une analyse non seulement solide, compétente et argumentée des gènes en question, mais aussi ne pouvant s’étendre à des découvertes non sollicitées ;
• Suivie, en cas de résultat négatif, d’un exome, mais d’abord dans des conditions dites « filtrées », c’est-à-dire pour ne lire que les groupes de gènes, validés ou fortement candidats, tout en ménageant une réanalyse possible au fil du temps et des découvertes, et en ouvrant aussi la possibilité d’une analyse globale, possiblement simultanée, mais cette fois-ci, dans un cadre de recherche.

Au fond, nous sommes exactement en train de revivre la conduite du changement entre le caryotype et les études ciblées de type FISH (Fluorescent in situ hybridrization) vers la CGH (Comparative genomic hybridization) et, à la lumière de cette expérience récente, nous devons mesurer au mieux les avantages contrastés de ces différentes approches (tableau), en argumentant de la situation particulière du diagnostic prénatal, qui ne rend ces choix que plus délicats.


* Comparative genomic hybridation.


“Publié dans Pédiatrie Pratique

*Institut Imagine – Université Paris Descartes, INSERM UMR-1163, Service de cardiologie pédiatrique et centre de référence « M3C », Fédération de Génétique et centre de référence « anomalies du développement et syndromes malformatifs »

#Microbiota, llave para detectar el #riesgo de diabetes, brotes en la EII y #parto prematuro

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El estudio de la población microbiana intestinal puede ser útil para determinar la evolución en la EII y el riesgo de diabetes; el de la microbiota vaginal aportaría información sobre factores de riesgo de parto prematuro.

Representación gráfica de la microbiota intestinal.

El Proyecto del Microbioma Humano (HMP) nació hace una década, impulsado por los Institutos Nacionales de Salud estadounidenses, para caracterizar a la población microbiana que habita en nuestro organismo (microbiota), así como sus genomas (microbioma), además de determinar cómo impactan en la salud y en el desarrollo de las enfermedades.En una segunda fase del proyecto (denominada iHMP), se integraron bases de datos del microbioma con las de determinadas cohortes de individuos. De esta forma, se ha ensanchado el conocimiento sobre la relación del microbioma intestinal con la enfermedad inflamatoria intestinal y el riesgo de la diabetes tipo 2 y la de la microbiota vaginal con el parto prematuro, según se publica esta semana en dos estudios en Nature y uno en Nature Medicine.

En uno de los trabajos de Nature, los investigadores de la Facultad de Salud Pública T.H. Chan de Harvard y del Instituto Broad del MIT se han centrado en las alteraciones de la microbiota en la enfermedad inflamatoria intestinal (EII), registradas con ayuda de herramientas biotecnológicas que efectaruon un estudio multiómico (transcriptoma, metaboloma, proteoma y microbioma) a lo largo de un año.

Así analizaron a 132 personas con EII (enfermedad de Crohn y colitis ulcerosa), junto a voluntarios sanos que sirvieron de controles. Analizaron muestras de heces cada dos semanas, y también recabaron análisis de sangre y biopsias de colon. Los resultados confirmaron hallazgos previos, como la disbiosis durante la enfermedad, con pérdida específica de bacterias “antinflamatorias” y ganancia de las “proinflamatorias”.

Más llamativo ha sido el hallazgo de que en los periodos en que la EII está activa, se registraron menos compuestos químicos generados por los microorganismos, lo que podría explicarse por una disminución del metabolismo bacteriano beneficioso, una absorción de los nutrientes más pobre y mayor intensidad en el movimiento intestinal. Todos esos factores influirían negativamente en la estabilidad de la microbiota intestinal, que a su vez se traduciría en una inadecuada respuesta inmune o en reacciones alteradas de la población microbiana.

Curtis Huttenhower, profesor de Bioinformática y de Biología Computacional, y autor principal de este estudio, concluye sobre los hallazgos que “allanan el camino hacia una detección precoz de los brotes de la EII –con la posibilidad de tratarlos exhaustivamente- o hacia la posiblidad de nuevas oporutnidades terapéuticas para una remisión completa de la EII”.

Teresa Requena, profesora del Departamento de Biotecnología y Microbiología de Alimentos del Instituto de Investigación en Ciencias de la Alimentación (CIAL) del CSIC, destaca a DM sobre este estudio que “confirma resultados previos que identifican un predominio de microbiota intestinal aerotolerante proinflamatoria en detrimento de anaerobios estrictos (que producen butirato, entre otros metabolitos) y que ese predomino se manifiesta particularmente en los periodos activos de la enfermedad. También destacan la presencia de ácidos biliares primarios que apunta a una influencia del metabolismo microbiano en los periodos activos de la enfermedad. El estudio aporta un elevado número de datos y correlaciones que no pueden establecer conclusiones sobre causalidad de la microbiota y de los metabolitos microbianos en estas enfermedades (y que puedan emplearse como dianas terapéuticas), pero que pueden ser utilizables en la evaluación clínica de los individuos”.

Resistencia insulínica y parto prematuro

 

En otro de los dos trabajos que publica Nature, el grupo de Michael Snyder, del Departamento de Genética de la Universidad de Stanford, en California, ahonda en la interacción entre la actividad microbiana y su hospedador en la prediabetes. Estudiaron a 106 individuos sanos y con prediabetes durante cuatro años, analizando los cambios moleculares, genéticos y microbianos. Descubrieron patrones que definen el desarrollo temprano de la enfermedad, y que podría permitir la detección temprana de la diabetes tipo 2 en algunos casos.

Requena valora sobre esta investigación que “aporta un elevado número de datos al evaluar los individuos durante cuatro años. La gran variación interindividual y de los propios individuos a lo largo del estudio (habitual por otro lado es en este tipo de trabajos) dificulta establecer conclusiones sobre posibles marcadores que predigan la aparición de la enfermedad, que imagino es uno de los objetivos. Durante las visitas de los individuos, se enfocan en la etapa de gripe y vacunación que parece aportar correlaciones con la gran cantidad de datos que obtienen. Los resultados indicarían que aquellos con resistencia a insulina (prediabetes, en cualquier caso) responden de manera diferente a la gripe y a la vacuna, pero no he conseguido entender la importancia sanitaria del resultado. El elevado número de datos que obtienen les permite establecer correlaciones de los resultados, pero sin poder establecer una relación causa-efecto”.

La investigadora considera que “el estudio se enfoca al final en un individuo en el que establecen biomarcadores (moléculas de metabolismo xenobiótico y citocinas) que podrían explicar la aparición más tarde de diabetes. En general, ponen a disposición una base de datos con gran cantidad de información y apuntan a la importancia de estudiar cada caso de manera individual”.

Finalmente, otra de las cohortes estudiadas en relación a la microbiota fueron las gestantes. Los resultados de ese estudio aparecen en Nature Medicine. El estudio, coordinado por Gregory Buck, del Departamento de Microbiología e Inmunología de la Universidad Virginia Commonwealth, en Richmond, analizó a 1.527 mujeres durante el embarazo, y reveló cambios en el microbioma vaginal que se asociaron al riesgo de nacimientos prematuros (menos de 37 semanas de gestación), en especial en mujeres de ascendencia afroamericana. Uno de los datos que se extraen del estudio es que las mujeres que tuvieron un parto prematuro presentaban niveles más bajos de Lactobacillus crispatus – lactobacilo del que ya se había conocido su papel protector en el embarazo, apostilla a DM Teresa Requena-, comparados con aquellas que tenían embarazos a término.

“Los autores también indican que la presencia de Sneathia amnii y de dos taxones de Prevotella podrían señalarse como factores de riesgo de parto prematuro (asociado a su carácter citotóxico y proinflamatorio que puede promover el parto)”, añade la investigadora sobre este estudio, en el que su elevado número de muestras (y una microbiota menos diversa que la intestinal) “avala resultados más concluyentes en la causalidad de la microbiota vaginal en el parto prematuro”.