Mês: setembro 2017

#FDA Expands Indication for Exoskeleton in Paraplegia

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FDA Expands Indication for Exoskeleton in Paraplegia
Megan Brooks September 27, 2017

The US Food and Drug Administration (FDA) has cleared an expanded indication for the Indego exoskeleton (Parker Hannifin), a device that allows individuals with paraplegia to stand and walk, the company has announced.The Indego exoskeleton was previously cleared by the FDA in February 2016 for use by individuals with spinal cord injury levels of T4 and lower in rehabilitation facilities, and with T7 and lower injury levels for use in home and community settings

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Indego exoskeleton

 
The new indication expands the population that can use the device to include patients with spinal cord injury at C7 and lower injury levels in rehabilitation facilities and T3 and lower injury levels for use in home and community settings.”The new clearance by the FDA provides the Indego exoskeleton with the broadest IFU [indication for use] of any commercial exoskeleton available in the United States,” Achilleas Dorotheou, head of the human motion and control business unit for Parker Hannifin, said in a news release.”Indego is now available to a significantly larger segment of the spinal cord injury population and is an option for personal use among more than 40% of spinal cord injured Americans. We credit several VA [Veterans Affairs] medical directors with urging us to pursue this expanded clearance and it is likely that some of the 40,000 spinal cord injured veterans served by the VA system will be among the immediate beneficiaries,” Dorotheou added.The company also said it’s working on new powered and programmable variants of Indego to be submitted for regulatory approval over the next several years that will address other partial or moderate impairments, such as multiple sclerosis, stroke, and musculoskeletal weakness.

Medscape Neurology news.

#Homem volta à consciência após 15 anos com estimulação de nervo, relata estudo

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Após estimulação de nervo que se estende do cérebro ao abdômen, homem tem atividade cerebral aumentada e passa a responder a estímulos simples.
26/09/2017

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Imagem mostra cérebro de homem antes e após estimulação. Partes ‘alaranjadas’ indicam aumento da atividade cerebral e metabolismo (Foto: Corazzol et al./Current Biology)

Um homem de 35 anos saiu de um estado vegetativo de 15 anos após se submeter a um tratamento de estimulação do nervo vago — técnica já usada para tratar pacientes com depressão severa e epilepsia.
O nervo vago se estende do cérebro ao abdômen e ajuda a conectar o órgão com outros do organismo; entre eles, o intestino. A estrutura está associada à vigília, à vigilância e a outras funções essenciais do corpo humano.
A volta do homem à consciência, no entanto, apesar de comemorada pela ciência, foi considerada mínima – já que ele passou de um estado de não reação para um estado em que passou a responder a pequenos estímulos.
A façanha, segundo pesquisadores, foi importante porque demonstra que é possível tirar alguém do estado vegetativo mesmo após longos períodos. Normalmente, a medicina considera que é possível voltar à consciência em um prazo máximo de 12 meses.
Os achados foram publicados na revista “Current Biology” nesta segunda-feira (25). O implante para a estimulação foi colocado no peito do homem.
Homem respondeu a estímulos
No estudo, pesquisadores relatam que a atenção, os movimentos e a atividade do cérebro do paciente melhoraram de forma perceptiva. O homem também respondeu a ordens simples: conseguiu seguir objetos com os olhos mediante solicitação.
Em um outro momento, percebeu-se também que o homem conseguiu reagir a ameaças. Por exemplo, quando a cabeça de alguém se aproxima a seu rosto, ele reage com surpresa ao abrir os olhos.
Em exames, pesquisadores também notaram sinais de aumento da atividade cerebral em áreas cerebrais associadas ao movimento, à sensação e à consciência. Outras análises também demonstraram que o cérebro estava mais conectado.
Agora, cientistas planejam ampliar o estudo com maior número de pessoas para a análise de diferentes reações a estimulações.

Por G1

#Cientistas eliminam completamente HIV de animais pela primeira vez na história

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Cientistas eliminam completamente HIV de animais pela primeira vez na história
19/09/2017 18:00

https://portaldomedico.blob.core.windows.net/noticias/

É a primeira vez que cientistas conseguiram eliminar completamente em animais

Os cientistas curaram animais vivos de HIV usando um método de edição de genes chamado CRISPR, afirma um novo estudo. O vírus permanece evasivo devido à sua capacidade de se esconder em reservatórios latentes. Mas agora, em uma nova pesquisa publicada nesta semana, cientistas dos EUA mostraram que poderiam remover o DNA do HIV de células humanas implantadas em ratos – impedindo a infecção.

É a primeira vez que cientistas conseguiram eliminar completamente em animais – preparando o caminho para um teste clínico humano.

O estudo da Escola de Medicina Lewis Katz na Universidade de Temple e da Universidade de Pittsburgh envolveu um modelo “humanizado” em que os ratos foram transplantados com células imunes humanas e infectados com o vírus.

O novo trabalho, liderado pelo Dr. Wenhui Hu da LKSOM, baseia-se na pesquisa anterior da mesma equipe, na qual eles conseguiram remover o HIV-1 do genoma da maioria dos tecidos.

Um ano depois, eles conseguiram eliminar o vírus de todos os tecidos. “Nosso novo estudo é mais abrangente”, disse o Dr. Hu.

“Confirmamos os dados do nosso trabalho anterior e melhoramos a eficiência da nossa estratégia de edição de genes. Também mostramos que a estratégia é efetiva em dois modelos de ratos adicionais, um representando infecção aguda em células de rato e o outro representando infecção crônica ou latente em células humanas”.

A equipe testou três grupos de ratos. No primeiro, eles infectaram ratos com HIV-1. No segundo, eles infectaram ratos com um caso grave de EcoHIV (o equivalente de ratos de HIV-1 humano). O terceiro usou um modelo de rato “humanizado”, enxertado com células imunes humanas, que foi infectado com HIV-1.

Tratando o primeiro grupo, eles conseguiram inativar geneticamente o HIV-1, reduzindo a expressão de ARN de genes virais em até 95%, confirmando seus achados anteriores.

O segundo grupo tem um desafio adicional: o vírus é mais propenso a se espalhar e se multiplicar vociferamente.

“Durante a infecção aguda, o HIV replica ativamente”, explicou o Dr. Khalili. “Com os ratos com EcoHIV, fomos capazes de investigar a capacidade da estratégia CRISPR / Cas9 para bloquear a replicação viral e potencialmente prevenir a infecção sistêmica”.

Sua estratégia eliminou 96 por cento da EcoHIV dos camundongos, fornecendo a primeira evidência para a erradicação do HIV-1 com um sistema CRISPR / Cas9.

Finalmente, eles chegaram ao terceiro modelo animal: camundongos humanizados enxertados com células imunes humanas, incluindo células T, onde o HIV tende a se esconder.

“Esses animais carregam HIV latente nos genomas das células T humanas, onde o vírus pode escapar da detecção”, explicou o Dr. Hu.

Após um único tratamento com CRISPR / Cas9, os cientistas conseguiram remover completamente os fragmentos virais das células humanas infectadas latentemente, inseridas em tecidos e órgãos de ratos.

O novo estudo marca outro grande passo em frente na busca de uma cura permanente para a infecção por HIV.

“O próximo estágio seria repetir o estudo em primatas, um modelo animal mais adequado, onde a infecção pelo HIV induz a doença, a fim de demonstrar ainda a eliminação do DNA do HIV-1 em células T infectadas latentemente e outros locais para HIV-1, incluindo células cerebrais “, disse o Dr. Khalili.

 

Fonte: Daily Mail

#Nova ferramenta prevê risco de hipoglicemia no diabetes tipo 2

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estetoscópio e uma seringa em um teste de diabetes

Nova ferramenta prevê risco de hipoglicemia no diabetes tipo 2

hipoglicemia grave em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) está associada a visitas à emergência e complicações graves, possivelmente evitáveis se identificadas precocemente. Em novo estudo publicado no JAMA Internal Medicine, pesquisadores objetivaram desenvolver e validar uma ferramenta para prever o risco de hipoglicemia no DM2.

Para isso, os autores utilizaram uma grande base de dados do sistema de saúde integrado da Califórnia (206.435 pacientes), EUA, para identificar fatores de alto risco para emergências hipoglicêmicas. A ferramenta desenvolvida foi testada em duas outras coortes de sistemas de saúde, totalizando 1.350.938 pacientes.

Entre os 156 fatores clínicos, demográficos e comportamentais disponíveis no registro médico eletrônico, 6 foram associados com eventos hipoglicêmicos graves (visitas à emergência e hospitalização) durante 12 meses. São eles:

≥ 3 visitas ou hospitalizações anteriores por hipoglicemia
1 ou 2 visitas à emergência relacionadas à hipoglicemia nos últimos 12 meses
Uso de insulina
Uso de sulfonilureia
Doença renal grave ou em estágio final
Idade ≥ 77

Quando as duas coortes foram avaliadas para esses fatores, 2% dos pacientes diabéticos foram classificados como de alto risco de hipoglicemia grave (risco anual de 5% para visita à emergência ou internação), 11% como de risco intermediário (1% – 5% de risco) e 87% como de baixo risco.

Em conclusão no artigo, os autores destacaram que essa ferramenta classifica o risco em 12 meses de hipoglicemia em pacientes com DM2 usando apenas 6 insumos, podendo, assim, facilitar intervenções específicas no manejo dessa população, reduzindo o risco de hipoglicemia e melhorando a segurança e a qualidade de vida do paciente.

 

Referências:

#As mudanças mais importantes na Cardiologia nos últimos anos

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animação de um coracao humano

As mudanças mais importantes na Cardiologia nos últimos anos

Nesse Dia Mundial do Coração, Dr. Antonio Lagoeiro fala sobre as mudanças mais importantes na Cardiologia nos últimos anos.

O grande avanço da cardiologia nas últimas décadas foi a redução da mortalidade cardiovascular, consequência de um melhor entendimento da doença cardiovascular e no desenvolvimento de novas técnicas diagnósticas e terapêuticas. As principais inovações ou descobertas na cardiologia, que tiveram impacto no cuidado do paciente, foram:

  • A eletrocardiografia;
  • A prevenção da doença cardiovascular através do Estudo de Framingham;
  • A hipótese lipídica e o desenvolvimento da aterosclerose;
  • As unidades coronarianas;
  • O ecocardiograma;
  • A terapia trombolítica;
  • Cateterismo cardíaco e angioplastia coronariana;
  • Cirurgia cardíaca e os desfibriladores cardíacos implantáveis automáticos.

Apesar de todo avanço, as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte e incapacitação no mundo e cerca de 17,3 milhões de pessoas morre todo ano por causa de doença cardiovascular. Fatores de risco modificáveis como o sedentarismo, a dieta inadequada, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e o sobrepeso/obesidade permanecem os grandes vilões da doença cardiovascular.

Novos medicamentos e recomendações clássicas como fazer exercício e dieta mostram que o controle dos fatores de risco pode reduzir o risco da doença cardiovascular.

Mudança na alimentação – Estudo Pure

A associação entre uma alimentação com frutas, legumes e vegetais e doença cardiovascular e morte tem sido investigada extensivamente em todo o mundo. O estudo PURE¹ mostrou que alta ingestão de frutas, vegetais e legumes está associado com menor risco de morte não cardiovascular e todas as causas de morte e uma tendência não significativa para mortalidade cardiovascular na população global. Estudos prévios e muitos guias alimentares nos EUA e Europa recomendam a ingestão de 400 a 800 gramas/dia, mas esses objetivos não são acessíveis para a maioria dos indivíduos que vivem em países com baixa ou moderada renda. Mesmo uma pequena redução na recomendação para 375/400 gramas/dia pode ter implicações nas despesas de famílias em países mais pobres. O estudo mostra que mesmo três porções por dia (375 gramas) têm benefícios semelhantes na mortalidade não cardiovascular e total, indicando que benefícios podem ser alcançados com um nível de consumo modesto, uma abordagem que será mais acessível aos países pobres.

Atividade física

Recente estudo² analisou a associação entre exercício e mortalidade em pacientes com doença coronariana estável. O estudo concluiu que para pessoas sedentárias pequenas quantidades de exercícios de intensidade leve ou moderada podem trazer benefícios para a saúde, enquanto que indivíduos que já realizam atividade física de intensidade moderada ou vigorosa podem se beneficiar menos com o aumento do exercício. Os maiores benefícios serão alcançados por aumentos modestos no exercício em pessoas sedentárias, especialmente em pessoas com maior risco de eventos, com angina de esforço e dispneia.

O controle da Diabetes – EMPA-REG

O uso da empagliflozina, inibidor o co-transportador de sódio e glicose do tipo 2 (SGLT2), no estudo EMPA-REG mostrou uma redução de eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2. Outras análises do EMPA-REG³ em subgrupos de pacientes que relataram insuficiência cardíaca (IC) foram realizadas e estudo publicado em 2016 mostrou que empagliflozina mostrou uma redução de internação em pacientes com IC e também na mortalidade cardiovascular tanto em pacientes com e sem IC.

O controle da Diabetes – LEADER

Diabetes é o principal fator de risco independente para a doença cardiovascular. O Liraglutida, antagonista do receptor GLP-1, reduz a glicemia, a pressão arterial e promove perda de peso, foi avaliada se oferece um fator protetor contra a doença cardiovascular.

No estudo LEADER4 a liraglutida foi associada com uma redução significativa na mortalidade cardiovascular. Infarto do miocárdio não fatal, acidente vascular encefálico (AVE) não fatal, redução de mortalidade por todas as causas.

HOPE 3

O benefício de medicamentos que reduzem lipídios e pressão arterial em pacientes com alto risco cardiovascular está bem estabelecido na literatura. As evidências na literatura do tratamento para os pacientes com risco cardiovascular intermediário são escassas.

O estudo HOPE-35 ofereceu fortes evidências de que o uso de estatina na prevenção primária da doença cardiovascular em indivíduos com risco intermediário. Medicamentos anti-hipertensivos podem reduzir ainda mais a doença cardiovascular em indivíduos com a pressão arterial sistólica elevada. Os resultados ajudam a abrir caminho para o desenvolvimento de uma polipílula com a combinação de múltiplos medicamentos para prevenção primária das doenças cardiovasculares na população com menor risco.

Cirurgia bariátrica – STAMPEDE

Estudos têm mostrado que a cirurgia bariátrica, quando utilizada para tratar diabetes, melhora o controle glicêmico e reduz o risco cardiovascular.

Estudo STAMPEDE6 mostrou que após cinco anos de seguimento a cirurgia bariátrica teve efeitos benéficos no controle glicêmico com redução do uso de hipoglicemiantes e medicações cardiovasculares. Mudanças no peso corporal, níveis dos lipídios séricos e qualidade de vida foi superior as mudanças provocadas somente pelo tratamento clínico. Os efeitos benéficos da cirurgia foram observados nos desfechos primários como infarto do miocárdio, AVE, insuficiência renal e morte.

 

Autor:

Referências:

  1. Miller V, et al. Prospective Urban Rural Epidemiology (PURE) study investigators. Fruit, vegetable, and legume intake, and cardiovascular disease and deaths in 18 countries (PURE): a prospective cohort study. Lancet. 2017 Aug 28. pii: S0140-6736(17)32253-5.
  2. Stewart RAH et al. Physical Activity and Mortality in Patients With Stable Coronary Heart Disease. J Am Coll Cardiol 2017;70:1689-1700.
  3. Fitchett D, et al. results of the EMPA-REG OUTCOME® trial. Eur Heart J. 2016 May 14;37(19):1526-34.
  4. Marso SP, et al. Liraglutide and cardiovascular outcomes in type 2 diabetes. NEJM. 2016. 375(4):311-322.
  5. Yusuf S, et al. “Blood-Pressure and Cholesterol Lowering in Persons without Cardiovascular Disease”. NEJM 2016. 374(21):2032-2343.
  6. Schauer PR, et al Bariatric Surgery versus Intensive Medical Therapy for Diabetes – 5-Year Outcomes. N Engl J Med. 2017 Feb 16;376(7):641-651.

#Terapia hormonal não aumentou mortalidade em seguimento de 18 anos

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Tara Haelle

O uso de terapia de reposição hormonal (TRH) em mulheres na pós-menopausa não aumentou o risco de morte por causas cardiovasculares, câncer ou por todas as causas quase duas décadas após os ensaios da Women’s Health Initiative (WHI), mostra uma nova análise.

Os novos dados foram publicado on-line em 12 de setembro no JAMA.

A equipe de pesquisa incluiu muitos dos mesmos pesquisadores que conduziram os ensaios originais: o estudo do estrogênio com progesterona publicado em 2002, e o estudo com estrogênio isolado publicado em 2004.

“Para mim, a mensagem que fica é muito consistente com o que dissemos antes”, afirmou ao Medscape Garnet Anderson, coautora nesse estudo e um dos pesquisadores principais dos estudos originais da WHI. “Quando avaliamos a mortalidade por todas as causas na conclusão dos primeiros estudos, não havia diferenças. Agora, anos depois e com mais dados, continuamos não observando diferenças”.

Os pesquisadores conduziram um acompanhamento das participantes dos dois estudos da WHI por até 18 anos. Esses estudos incluíram 16.608 mulheres com útero que foram aleatoriamente alocadas para receber estrogênio mais progesterona (estrogênio equino conjugado na dose de 0,625mg/dia e acetato de medroxiprogesterona na dose de 2,5mg/dia) ou um placebo, e 10.739 mulheres com história de histerectomia que foram aleatoriamente inscritas para receber estrogênio isoladamente ou placebo.

As mulheres participantes, com idades de 50 a 79 anos, e 80,6% delas brancas, foram recrutadas de 40 centros clínicos nos EUA entre 1993 e 1998. O estudo do estrogênio isolado incluiu 5310 mulheres tomando estrogênio e 5429 tomando placebo por uma mediana de 7,2 anos. O estudo do estrogênio + progesterona incluiu 8506 mulheres em uso de TRH e 8102 em uso de placebo por uma mediana de 5,6 anos. Depois que os estudos foram finalizados, menos de 4% das mulheres continuou usando qualquer TRH.

Para a atualização da análise de mortalidade, os pesquisadores, liderados pela Dra. JoAnn Manson, professora de medicina na Harvard Medical School e chefe da Divisão de Medicina Preventiva no Brigham and Women’s Hospital, em Boston, tinham dados de mais de 98% das 27.347 mulheres inicialmente recrutadas nos ensaios. O tempo mediano de seguimento foi de 18 anos, e incluiu 7489 óbitos até 31 de dezembro de 2014. Esses óbitos incluem 1088 durante a intervenção e 6401 depois que os ensaios terminaram.

A mortalidade por todas as causas foi semelhante entre todos os grupos: 27,1% nos grupos com TRH combinada e 27,6% nos grupos placebo. Não houve diferença significativa no grupo que recebeu apenas estrogênio (hazard ratio, HR, 0,94; intervalo de confiança, IC, de 95%, 0,88 – 1,01) ou no grupo do estrogênio + progesterona (HR, 1,02; IC de 95%, 0,96 – 1,08) em relação ao placebo.

De forma semelhante, a mortalidade cardiovascular combinada (HR, 1,00; IC de 95%, 0,92 – 1,08) e a mortalidade total por câncer (HR, 1,03; IC de 95%, 0,95 – 1,12) não tiveram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. O risco absoluto para mortalidade cardiovascular combinada foi de 8,9% nos grupos de TRH e de 9,0% nos grupos placebo. Para a mortalidade por câncer, foi de 8,2% nos grupos de TRH e de 8,0% nos grupos placebo.

“É surpreendente que não tenha havido aumento na mortalidade por câncer, dadas as preocupações sobre hormônios e câncer”, disse a Dra. JoAnn ao Medscape. “Parece que a TRH tem uma relação muito complexa com o câncer. Ela aumenta o risco de alguns cânceres, como o de mama, e reduz o risco de outros, como de endométrio e de útero, e o efeito total na mortalidade por câncer é neutro”.

Para a mortalidade específica por câncer de mama, o grupo do estrogênio + progesterona mostrou uma tendência de aumento no risco relativo em relação ao placebo (HR, 1,44; IC de 95%, 0,97 – 2,15; P = 0,07), enquanto o estrogênio isolado mostrou uma redução significativa no risco (HR, 0,55; IC de 95%, 0,33 – 0,92; P = 0,02).

Um ponto-chave esquecido ao considerar os achados dos ensaios originais da WHI é que nenhum dos estudos tinha a intenção de avaliar benefícios e riscos da TRH para tratamento dos sintomas da menopausa. Na verdade, ambos foram desenhados para avaliar os benefícios e riscos da TRH para a prevenção de doenças crônicas, incluindo doença cardiovascular e cânceres, e foram interrompidos precocemente porque ficou claro que a TRH não melhorava os desfechos cardiovasculares.

“Se você irá começar um medicamento com o objetivo de prevenção, e potencialmente para uso em longo prazo, gostaria de ver evidências de que existe alguma redução na mortalidade”, disse a Dra. JoAnn ao Medscape. “No entanto, nosso estudo não fornece embasamento para o uso de terapias hormonais para prevenção de doença cardiovascular ou de outras doenças crônicas.

Essa conclusão, entretanto, é distinta quanto à decisão sobre usar a TRH para tratar os sintomas da menopausa.

“O problema é que os resultados originais da WHI foram mal entendidos e mal interpretados como se fossem aplicados a mulheres que buscam tratamento para os sintomas da menopausa”, continuou a Dra. JoAnn.

“Os resultados da WHI nunca foram pensados para serem extrapolados para mulheres com 40 ou 50 anos que estão buscando terapia hormonal para tratamento dos desconfortáveis fogachos e de outros sintomas que prejudicam o sono e a qualidade de vida”.

Esses achados de mortalidade agora oferecem uma reafirmação para as mulheres e seus médicos de que a TRH é apropriada para tratamento dos sintomas de menopausa, com um perfil positivo de risco e benefício, disse a Dr. JoAnn, que também é ex-presidente da North American Menopause Society.

Entretanto, mesmo esse achado não traz necessariamente respostas simples para todas as mulheres. Aquelas com certos fatores de risco, como história de ou perfil de alto risco para câncer de mama, ou história de trombose, ainda podem descobrir que os riscos da TRH, mesmo para os sintomas da menopausa, podem superar os benefícios para elas individualmente. E a TRH ainda aumenta o risco de acidente vascular cerebral e câncer de mama ao mesmo tempo em que diminui o risco de câncer de endométrio e útero e de fraturas do quadril.

“Nenhum estudo vai ser capaz de responder essa questão para todas as pessoas, mas esse estudo traz os melhores dados para embasar essas discussões”, disse a Dra. Garnet ao Medscape.

“Sim, a mortalidade é uma grande razão para mudar alguma coisa, mas esses outros eventos também são importantes. O câncer de mama pode ser muito desfigurante e afetar a mortalidade, e ter um acidente vascular cerebral aos 60 anos pode ter efeitos maiores na qualidade de vida mesmo que não afete a mortalidade”.

Ainda assim, saber que a mortalidade por todas as causas não aumenta nem diminui com o uso da TRH é uma informação útil para mulheres e médicos, disse a Dra. JoAnn. “O problema é, você não pode olhar um desfecho único isoladamente. Acho que esse é o verdadeiro ponto-chave. A terapia hormonal tem um efeito complexo na saúde”.

Em um editorial de acompanhamento, a Dra. Melissa McNeil, da University of Pittsburgh, na Pennsylvania, destacou essa complexidade.

“Embora os dados de longo prazo sobre mortalidade cumulativa total e causa-específica dos dados combinados de usuárias em relação a não usuárias de hormônio sejam convincentes e reconfortantes, várias questões permanecem”, escreve a Dra. Melissa. “Talvez a questão mais desafiadora é se existe uma diferença na mortalidade global por idade e condição de menopausa no momento do início da terapia hormonal”.

A equipe da Dra. JoAnn calculou um risco de mortalidade estratificado pela idade na qual as mulheres iniciaram o uso de TRH e inicialmente descobriram, durante a intervenção, que mulheres que começaram a TRH com idades entre 50 e 59 anos tinham um risco 29% menor de morte que mulheres que começaram entre os 70 e 79 anos (HR, 0,61; IC de 95%, 0,43 – 0,87). O seguimento de longo prazo, porém, diminuiu essa redução de forma que ela perdeu significado estatístico (HR, 0,87; IC de 95%, 0,76 – 1,00).

“Essa redução na mortalidade… permanece sugestiva, mas não definitiva”, escreve a Dra. Melissa. “Outras questões que permanecem incluem o tempo ótimo de duração da terapia hormonal, e se um início ainda mais precoce da terapia hormonal, como dentro de dois anos da transição da menopausa, teria benefícios adicionais”.

O estudo foi financiado por National Heart, Lung, and Blood Institute, National Institutes of Health, e pelo US Department of Health and Human Services, com medicamentos doados pela Wyeth Ayerst. O Dr. LaCroix relata taxas da Sermonix por trabalho em comitê científico e como consultor da Pfizer. O Dr. Chlebowski recebeu taxas de consultoria ou honorátios de Novartis, Genentech, Amgen, Astra-Zeneca, Novo Nordisk, e Genomic Health, assim como honorários para revisão de artigos da Pfizer, taxas de leitura da Novartis, e taxas por atividades educacionais do Educational Concepts Group. Os demais autores não declararam conflitos de interesses relevantes.

JAMA. 2017;318:911-913, 927-938. Artigo

#Taxa anual de #óbitos por histoplasmose entre portadores de #HIV na América Latina equivale a 70 acidentes aéreos

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Teresa Santos (colaborou Dra. llana Polistchuck)

O Brasil é responsável por 80% dos casos de paracoccidioidomicose que ocorrem no mundo, e a maioria dos relatos remanescentes vem de outros países da América do Sul, entre eles, Colômbia, Venezuela, Argentina e Equador[1]. Essa enfermidade é, segundo o DR. Guillermo Porras Cortés, do Hospital Vivian Pellas, da Nicarágua, uma das micoses endêmicas mais importantes para a América Latina. Outras duas doenças causadas por fungos que merecem destaque na região são a histoplasmose, especialmente na América Central e no Caribe, e a coccioidomicose, principalmente no México. A epidemiologia dessas três patologias foi discutida pelo infectologista durante um simpósio do 20º Congresso Brasileiro de Infectologia, realizado em setembro no Rio de Janeiro.

Paracoccidioidomicose

O agente etiológico da paracoccidioidomicose é o Paracoccidioides brasiliensis e a rota de contaminação é por inalação. Trabalho na agricultura, tabagismo, tuberculose, neoplasias e infecção por HIV/Aids são alguns dos fatores de risco para a doença. Além disso, segundo o Dr. Cortés, sabe-se que homens têm maior propensão, pois o estrógeno presente no organismo feminino inibe a transformação dos conídios em leveduras[1]. Há ainda aspectos genéticos que podem favorecer o desenvolvimento dessa enfermidade, por exemplo, alguns genótipos do sistema de histocompatibilidade humano-HLA (HLA-A9, HLA-813)[2]. Além disso, alguns polimorfismos em genes que codificam citocinas (IL12RB1, 641AA) também são mais frequentes em homens com a forma multifocal crônica da doença[3].

Histoplasmose

Aqui o agente etiológico é o Histoplasma capsulatum, e a forma de aquisição também é por inalação. Entre as formas clínicas da doença temos: histoplasmose pulmonar aguda, histoplasmose pulmonar cavitária crônica, granuloma mediastinal, fibrose mediastinal e histoplasmose disseminada.

De tempos em tempos surgem relatos de casos de hospedeiros não imunocomprometidos na América Central e no Caribe. A infecção desses grupos pode estar associada a surtos epidêmicos, ou representar casos isolados. O Dr. Cortés apresentou à plateia quadros ocorridos na República Dominicana e na Nicarágua. No primeiro evento, transcorrido em 2015, morcegos transmitiram a doença para 27 indivíduos que trabalhavam em túneis de uma hidrelétrica[4]. No segundo episódio, 14 turistas norte-americanos foram infectados após visitar uma caverna infestada de morcegos na Nicarágua[5].

Quando o hospedeiro é imunocomprometido, a situação pode se tornar ainda mais grave. Estima-se que a histoplasmose seja responsável anualmente pela morte de 9600 pessoas vivendo com HIV/Aids, o que, segundo pesquisa publicada na revista AIDS, equivale anualmente a 70 quedas de Boeing 737[6].

Coccidioidomicose

Segundo o Dr. Cortés, as espécies Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii são endêmicas no leste e sul dos Estados Unidos, mesoamérica e América do Sul, sendo o México o país da América Latina com taxas mais altas da doença (7,6/100.000)[7].

“Cerca de 60% dos expostos geralmente permanecem assintomáticos. Mas, nos 40% sintomáticos pode ocorrer síndrome febril e primária, com infecção pulmonar geralmente autolimitada, ou evoluir para doença pulmonar mais agressiva ou extrapulmonar”, disse.

Ser do sexo masculino também é fator de risco na coccidioidomicose. Outros fatores são: gravidez, etnia africana e filipina, imunodeficiência celular, e linfadenopatia mediastinal com anormalidades hilares[8,9]. Apesar da importância das micoses endêmicas, o Dr. Cortés alertou que os dados de vigilância sistemática ainda são insuficientes na América Latina, o que dificulta o combate a estas doenças.

#How long should you prescribe #opioids for after #surgery?

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Scientists have set out the ideal postoperative initial prescription duration in a new study.
 Experts have suggested the optimal length of opioid pain prescriptions for common procedures in a new analysis published in JAMA Surgery .
While the over-prescription of pain medications has been implicated as a key factor in the growing opioid epidemic, few guidelines exist regarding the appropriateness of opioid pain medication prescriptions after surgery and there is uncertainty regarding optimal prescribing practices.
After examining data on 215,140 individuals who had undergone one of eight common surgical procedures within the study timeframe, researchers found that of those who received and filled at least one prescription for opioid analgesics within 14 days of the procedure, 19 per cent received at least one refill prescription.
The median prescription lengths were four days for appendectomy and cholecystectomy, five days for inguinal hernia repair, four days for hysterectomy, five days for mastectomy, five days for anterior cruciate ligament repair and rotator cuff repair, and seven days for discectomy.
The prescription lengths associated with lowest requirement for refill were nine days for general surgery, 13 days for women’s health procedures, and 15 days for musculoskeletal procedures.

#Caffeine does not reduce #Parkinson’s symptom

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New evidence contradicts previous findings that caffeine may reduce movement symptoms in Parkinson's disease.
Caffeine is unlikely to relieve symptoms for people with Parkinson’s disease (PD), according to a new study published in Neurology. The finding is contrary to a 2012 study published in the same journal, which suggested caffeine may help reduce movement symptoms for people with PD.
For the study, 121 people were randomised to receive 200mg of caffeine orally twice daily or matching placebo capsules for 6-18 months.
Researchers found there was no improvement in movement symptoms for people who had taken the caffeine capsules compared to those who took the placebo capsules. No difference in quality of life was observed. They found small improvements in measures of alertness, counterbalanced by an overall increase in dyskinesia and a slight lowering of cognitive test scores in those receiving caffeine. As the data showed no benefit to taking caffeine, the study was stopped.
While our previous study showed possible improvement in symptoms, that study was shorter, so it’s possible that caffeine may have a short-term benefit that quickly dissipates,” said study author Ronald B. Postuma. “Regardless, our core finding is that caffeine cannot be recommended as therapy for movement symptoms of Parkinson’s disease.”

#Los #ejercicios de suelo ayudan a las #embarazadas a no #ganar peso (Med Sci Sports Exerc)

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Y los de agua a prevenir la diabetes gestacional.

Y los de agua a prevenir la diabetes gestacional.

Los ejercicios realizados en suelo ayudan a las embarazadas a evitar la excesiva ganancia de peso gestacional, mientras que los que se realizan en piscina, o se hacen en combinación con los de sala, son más adecuados para prevenir la diabetes gestacional, según ha mostrado un estudio realizado por investigadores de la Universidad Politécnica de Madrid (UPM).
Para alcanzar esta conclusión, publicada en la revista “Medicine and Science in Sport and Exercise”, los científicos compararon los resultados de tres ensayos clínicos realizados en hospitales de Madrid y Buenos Aires y en los que participaron 568 mujeres gestantes sanas.
Los tres tuvieron las mismas características en cuanto a intensidad, duración y frecuencia del ejercicio de manera que se evitase cualquier sesgo que no fuese la tipología del mismo: suelo, agua o una combinación de ambos, además de los correspondientes grupos de control.
“El vertiginoso avance de las distintas modalidades de actividad física y deportiva existentes, nos exige investigar acerca de las opciones más seguras y adecuadas a la realidad de una mujer embarazada. Indudablemente la propia naturaleza del proceso de embarazo y parto impone una serie de riesgos, limitaciones y recomendaciones a tener en cuenta que no están presentes en la población no gestante, motivo por el cual se hace interesante conocer el alcance y las fortalezas de los diferentes tipos de ejercicio físico, con el objeto básico de mejorar en el diseño de nuevos programas”, ha explicado el autor principal del trabajo, Rubén Barakat.
En el caso de los ejercicios de agua, los expertos crearon un programa de actividades adaptadas a las necesidades y requerimientos del embarazo, comprobando que el entorno acuático era “muy eficaz” para la prevención de la diabetes gestacional y sus consecuencias.
En concreto, se detectó apenas un 1% de mujeres con diabetes gestacional frente a un 4% del programa de suelo y al 7% del grupo de control. Además, respecto a los ejercicios de suelo, sólo un 20% de las gestantes excedieron su ganancia de peso frente al casi 40% del grupo control.
Y es que, una de las preocupaciones más frecuentes de las mujeres cuando están embarazadas es el control de su peso, no solo por motivos estéticos, sino sobre todo, para prevenir posibles complicaciones materno-fetales durante el proceso de embarazo y parto, y el desarrollo de la diabetes gestacional, una enfermedad que puede dañar al bebé e incrementar las posibilidades de que en un futuro este desarrolle también diabetes.
“Aunque tradicionalmente existían ciertos recelos relacionados con la práctica de ejercicio físico durante el embarazo por parte de la mujer e incluso los profesionales sanitarios, hoy en día no existen dudas sobre los relevantes beneficios que éste aporta tanto a la madre como al feto”, ha zanjado Barakat.