Não existe leite fraco, ralo…o leite materno é fabricado de forma perfeita pra cada organismo.
Se alguém disser ao contrário, mesmo se for pediatra, peça para comprovar em artigos científicos ou exames; como não existe, é impossível mensurar a qualidade e quantidade de leite pra cada tipo de bebê, é algo exclusivo, só acreditar, confiar no corpo e se doar na amamentação livre demanda sem regras de horários. Se seu pediatra não for de acordo troque de médico, ou ignore dando peito ilimitadamente para seu bebê.
Amamentar é a melhor forma de imunizar seu filho, não existe tempo limite, após 1 ano o leite tem outras propriedades importantes, ele nunca fica velho ou desnecessário existem artigos científicos que comprovam.
Amamentar ajuda no Pós parto, o ato de sucção do bebê principalmente quando a barriga dele está encostada na da mãe, se for pele a pele melhor ainda (como ocorre nos partos humanizados logo no nascimento do bebê ainda ligado ao cordão umbilical), proporciona o retorno do útero ao seu tamanho original de forma mais rápida e emagrece muito mais rápido.
Por isso quando o bebê dorme em cima da mãe (barriga com barriga) aumenta a fabricação de leite, ela acorda toda ensopada de leite que transborda pelo seu corpo; se vc quer ter leite e amamentar, esqueça um pouco os berços e diminua o isolamento do bebê, pelo menos nos meses iniciais.
Nessa fase vale muito a pena dormir com seu bebê amarradinho carinhosamente ao seu corpo com Sling (tipo de tecido que carrega o bebê coladinho em você), este é o melhor método, somente nessa fase de adaptação do bebê ao mundo externo; não se preocupe com o que dizem, que o bebê ficará manhoso, se acostumará….é uma fase apenas, pode não parecer, mas passa rápido e os próprios bebês começam a demonstrar sinais de mudanças comportamentais, geralmente a partir dos 3 meses passam a se interessar pelo mundo externo e as mamadas se espaçam mais (como dizem diminui o ritmo quase de 10 em 10 mim, e passam a conseguir ficar um pouquinho mais distante da mãe – por alguns minutos a mais…e em cada mês esse tempo se alonga mais um pouquinho; tem que ter paciência, tudo ao seu tempo). Mas, essas etapas naturais só evoluem se os pais derem muito afeto e sem intervir desnecessariamente como nos partos.
Não é uma fase para tolir o indivíduo (bebê) com métodos educacionais civilizatórios, ele ainda não desenvolveu raciocínio lógico, está em desenvolvimento; temos que ser menos ansiosos e exigir menos de um ser que acabou de nascer e tem longo processo de adaptação.
Permita que seu bebê demonstre o início de sua personalidade que inicia sua construção durante a amamentação (segundo a ciência da psicologia). Você começa a identificar através da observação quando quer comer, que sinais demonstra (expressão facial, corporal e linguagem de balbucio), quando está incomodado com fralda molhada; alguns bebês se incomodam mais rápido (trocar as fraldas pode tornar-se uma rotina avassaladora quase de 20 em 20 mim), outros bebês incomodam-se menos e resistem mais… Vai depender de cada bebê, da observação detalhada dos pais e de suas disponibilidades; durante esse processo “cai a ficha” e durante o convívio é que nos construímos pais e mães, no dia-a-dia é que se constrói a maternidade plena.
Retornando ao assunto da amamentação, para evitar empedrar, ocorrer a temida Mastite, sempre massageie seus seios em movimentos circulares com os dedos partindo da auréola próximo ao bico até a axila, com um limite de vigor até você sentir os nódulos amolecerem (se tiver muito duro compressa de folhas de repolho congeladas nos seios e nunca encostar no bico ou auréola – é milagroso – na hora você percebe o seio com aspecto de pedra, amolecer).
Fazer a massagem sempre antes e após as mamadas, ou durante o dia quando sentir vontade. Ao apresentar seu seio ao bebê, massagear antes ou durante apresentação permite que o leite saia mais fácil (no ato da massagem você percebe o leite escorrendo do bico – parece gelo derretendo).
Essa massagem no seio antes e durante a apresentação do seio ao bebê, amolece e diminui a auréola que deve estar bem molinha para você colocar toda (no máximo que der na boca do bebê), assim, facilita a mamada e evita dores durante a amamentação.
Na amamentação, nas trocas de olhares, na paciência e dedicação da mãe é que inicia a construção do vínculo materno (por isso é tão importante para a mãe e o bebê), “cai a ficha” de ser mãe. Nessa fase re – significamos, refletimos e analisamos sobre todo processo que vivemos desde a gestação.
No silêncio e nas pausas dos barulhinhos das sugadas, da movimentação do bebê que soca o seio, belisca, chuta o outro seio, olha pra te ver e sorrir mordendo o bico com a gengiva, se contorce com força todo seu corpinho para durante a sucção facilitar a soltar pum (porque os gases provocam dores, as temíveis colicas, e o único e melhor remédio é o seio materno), as puxadas de cabeça pra trás e para os lados que você acha que seio seio irá parar na porta…tudo isso que para as mães de primeira viagem é assustador (algumas acham que o bebê a maltrata, parece perverso, dói demais (dói mesmo)…tudo isso é de extrema importância para o desenvolvimento fisiológico e psicológico do bebê e da mãe; as mamadeiras não substituem esse processo, elas só nutrem o bebê (de forma artificial que não é saudável, foi criado para situações de emergência em casos de bebês sem mães e sem condições de aleitamento materno; mas na contemporaneidade tornou-se hábito errado por praticidade, porém prejudica a saúde do bebê ao longo do desenvolvimento, deixando-o com menor imunidade e resistência a doenças) para garantir que o bebê sobreviva, mas o leite materno é o melhor alimento para o bebê.
Temos que compreender que o seio materno não é somente alimento, é afeto, aconchego, construção de vínculo e objeto de adaptação do bebê com o mundo exterior (de acordo com a ciência da psicologia); o bebê testará o mundo em seu seio, permita este momento tão importante, você verá que em alguns meses, geralmente após 0s 2 ou 3 meses amamentar se tornará divertido, quando seu bebê olhar pra você sorrindo, quando você cantar e ele responder com um lindo olhar e sorriso nos lábios, quando ele quiser conversar com você fazendo balbucios com sua linguagem particular com o seu seio na boca enquanto mama… Você verá que tudo valerá a pena, as dores no início da amamentação (o peito se fortalece e fica “calejado”), as noites mal dormidas, o cansaço, falta de tempo pra si mesma…tudo isso passa e tudo vale a pena… O mais importante é seu filho ou filha, a “majestade o bebê”; permita que seu bebê se expresse, se satisfaça completamente com muito afeto e diminua o risco de distúrbios psicológicos e fisiológicos ao longo de seu desenvolvimento.
No nosso canto particular, no nosso mundo único mãe – bebe (onde os dois se tornam um só), onde geralmente sentimos vontade de se isolar um pouco nesse mundo materno (momento que deve ser respeitado); nessa fase é que inicia a construção de ser mãe, surgem duvidas, incertezas, e certezas quando fazemos algo que nos faz sentir orgulhosas e felizes de se sentir mãe de fato, algo particular que possui importância pra cada uma de nós.
Tornar-se mãe ocorre na construção gradativa na interação de cada etapa desde a gestação até o desenvolvimento do bebê. Viva e se entregue a estas fases que passam rápido, não se pode voltar atrás e são primordiais para construção mãe, bebê e para essa nova família; com parceiro ou não, já é uma família.